tag:blogger.com,1999:blog-59046249213988092962024-03-14T04:02:09.883-07:00Conatus SpinEsta página já pertenceu ao Spin Animal ou Irracional e depois foi reconfigurada para o Spin Conatus, sendo que a descrição anterior era: atento à acessibilidade dos bichos. Quisemos dizer: atentos à sensibilidade dos bichos. José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.comBlogger10125tag:blogger.com,1999:blog-5904624921398809296.post-33813109032462852172018-05-09T14:45:00.001-07:002018-05-09T14:45:18.743-07:00Conatus: desejando viver ou vivendo desejando<header class="entry-header" style="background-color: rgba(252, 251, 249, 0.9); box-sizing: inherit; color: #726b60; font-family: "Alegreya Sans", sans-serif; font-size: 18px;"><h1 class="entry-title" style="box-sizing: inherit; clear: both; color: #83b6cc; font-family: Ubuntu, sans-serif; font-size: 2.4rem; font-weight: 400; line-height: 1.2; margin: 0.2rem 0px 0.67em;">
<br /></h1>
</header><div class="entry-content" style="background-color: rgba(252, 251, 249, 0.9); box-sizing: inherit; margin: 1.5em 0px 0px;">
<div style="box-sizing: inherit; color: #726b60; font-family: "Alegreya Sans", sans-serif; font-size: 18px; margin-bottom: 1.5em; text-align: center;">
Ser humano: desejo, por Rafael Delfino</div>
<div style="box-sizing: inherit; color: #726b60; font-family: "Alegreya Sans", sans-serif; font-size: 18px; margin-bottom: 1.5em; text-align: center;">
<a href="https://rafadivino.files.wordpress.com/2012/10/conatus.jpg" style="background-color: transparent; box-sizing: inherit; color: #83b6cc; text-decoration-line: none; transition: all 0.2s ease-in-out; word-break: break-word; word-wrap: break-word;"><img alt="" class="aligncenter size-full wp-image-2891" data-attachment-id="2891" data-comments-opened="1" data-image-description="" data-image-meta="{"aperture":"0","credit":"","camera":"","caption":"","created_timestamp":"0","copyright":"","focal_length":"0","iso":"0","shutter_speed":"0","title":""}" data-image-title="conatus" data-large-file="https://rafadivino.files.wordpress.com/2012/10/conatus.jpg?w=775?w=240" data-medium-file="https://rafadivino.files.wordpress.com/2012/10/conatus.jpg?w=775?w=240" data-orig-file="https://rafadivino.files.wordpress.com/2012/10/conatus.jpg?w=775" data-orig-size="240,299" data-permalink="https://rafadivino.wordpress.com/2012/10/26/ser-humano-desejo/conatus-2/" sizes="(max-width: 240px) 100vw, 240px" src="https://rafadivino.files.wordpress.com/2012/10/conatus.jpg?w=775" srcset="https://rafadivino.files.wordpress.com/2012/10/conatus.jpg 240w, https://rafadivino.files.wordpress.com/2012/10/conatus.jpg?w=120 120w" style="border: 0px; box-sizing: inherit; display: block; height: auto; margin-left: auto; margin-right: auto; max-width: 100%;" title="conatus" /></a></div>
<div style="box-sizing: inherit; color: #726b60; font-family: "Alegreya Sans", sans-serif; font-size: 18px; margin-bottom: 1.5em; text-align: justify;">
Viver é desejar; desejar é viver. Enquanto vivemos, desejamos. Enquanto desejamos, vivemos. Cessar de desejar implica em cessar de viver: morte. Ora, a existência pode ser concebida como um <strong style="box-sizing: inherit;">esforço perpétuo de viver</strong>. Uma vez que todos preferem viver a morrer, cada ser esforça-se para perserverar no seu ser. Este princípio natural de autoconservação é chamado por Baruch Espinosa de <strong style="box-sizing: inherit;">conatus.</strong></div>
<div style="box-sizing: inherit; color: #726b60; font-family: "Alegreya Sans", sans-serif; font-size: 18px; margin-bottom: 1.5em; text-align: justify;">
O que é o conatus? O termo conatus vem do latim e significa esforço. Segundo Espinosa, este esforço é um impulso de autopreservação, um instinto de autoconservação, uma pulsão de autoperserveração na existência ou uma tendência duradoura de viver. Em resumo, conatus é uma potência permanente de existir, resistir e agir.</div>
<div style="box-sizing: inherit; color: #726b60; font-family: "Alegreya Sans", sans-serif; font-size: 18px; margin-bottom: 1.5em; text-align: justify;">
Para Espinosa, todo ser humano é dotado de conatus – potência interna de autopreservação. Este esforço perene para permanecer na existência constitui a essência da humanidade. Esta essência varia segundo a intensidade da nossa capacidade de autoperseveração. Quando os nossos desejos são realizados, a potência do nosso conatus aumenta. Quando os nossos desejos são frustrados, a força do nosso conatus diminui.</div>
<div style="box-sizing: inherit; color: #726b60; font-family: "Alegreya Sans", sans-serif; font-size: 18px; margin-bottom: 1.5em; text-align: justify;">
Enquanto conatus, Espinosa afirma que somos essencialmente desejo. Ora, desejo é potência e não carência. Ele é a força que nos move e nos comove. Não existe desejo que não seja ativo nem ato que não seja desejado. Desse modo, andamos porque desejamos caminhar; paramos porque desejamos descansar; comemos porque desejamos nos alimentar; bebemos porque desejamos nos refrescar; durmimos porque desejamos repousar; vivemos porque desejamos existir. O que isso significa? Isso significa que jamais começamos uma ação sem desejá-la. Sem o desejo, não haveria ação.</div>
<div style="box-sizing: inherit; color: #726b60; font-family: "Alegreya Sans", sans-serif; font-size: 18px; margin-bottom: 1.5em; text-align: justify;">
Com efeito, a originalidade do pensamento de Espinosa reside em afirmar que o princípio constitutivo do homem é o desejo e não a razão. Em vez de ser originalmente uma substância pensante , o homem é um ser primordialmente desejante. Assim, Espinosa não concebe o desejo como uma fonte do mal, uma paixão perversa ou uma pertubação na alma. Ele argumenta que o desejo é o motor subjacente ao homem.</div>
<div style="box-sizing: inherit; color: #726b60; font-family: "Alegreya Sans", sans-serif; font-size: 18px; margin-bottom: 1.5em; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="box-sizing: inherit; margin-bottom: 1.5em; text-align: justify;">
<span style="color: #726b60; font-family: Alegreya Sans, sans-serif;"><span style="font-size: 18px;"><a href="https://rafadivino.wordpress.com/2012/10/26/ser-humano-desejo/">https://rafadivino.wordpress.com/2012/10/26/ser-humano-desejo/</a></span></span></div>
<div style="box-sizing: inherit; margin-bottom: 1.5em; text-align: justify;">
<span style="color: #726b60; font-family: Alegreya Sans, sans-serif;"><span style="font-size: 18px;"><br /></span></span></div>
<div style="box-sizing: inherit; margin-bottom: 1.5em; text-align: justify;">
<span style="color: #726b60; font-family: Alegreya Sans, sans-serif;"><span style="font-size: 18px;"><br /></span></span></div>
</div>
José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5904624921398809296.post-73000873799058569752018-05-09T14:42:00.000-07:002018-05-09T14:42:21.353-07:00Spinoza: o canatus e a liberdade humana<br />
Resumo: Este artigo tem por objetivo compreender o papel representado pelo
conceito de conatus na filosofia de Baruch de Spinoza. Partindo da leitura da da
Ética III buscaremos reconstruir a teoria da afetividade postulada pelo filósofo para
demonstrar como a noção de conatus opera ao mesmo tempo como perseveração na
existência e afirmação do desejo. O passo posterior será projetar uma unidade entre o
existir e o desejar como a base para o correto entendimento da concepção de liberdade
desenvolvida por Spinoza na parte V de sua Ética.
Palavras-chave: Spinoza, Conatus, Liberdade, Desejo, Ética.
O desejo é a essência da realidade.
(Jacques Lacan)<br />
<br />
Segue link para a publicação na íntegra<br />
<br />
<a href="file:///C:/Users/rafael.s.ramos/Downloads/81262-112843-1-SM.pdf" target="_blank">file:///C:/Users/rafael.s.ramos/Downloads/81262-112843-1-SM.pdf</a><br />
<br />
<br />
<br />José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5904624921398809296.post-22186047675210363992018-05-09T14:40:00.001-07:002018-05-09T14:40:27.455-07:00O conatus, em Spinoza<h2 style="background: none rgb(255, 255, 255); border-bottom: 1px solid rgb(162, 169, 177); font-family: "Linux Libertine", Georgia, Times, serif; font-weight: normal; line-height: 1.3; margin: 1em 0px 0.25em; overflow: hidden; padding: 0px;">
<span class="mw-headline"><br /></span></h2>
<h2 style="background: none rgb(255, 255, 255); border-bottom: 1px solid rgb(162, 169, 177); font-family: "Linux Libertine", Georgia, Times, serif; font-weight: normal; line-height: 1.3; margin: 1em 0px 0.25em; overflow: hidden; padding: 0px;">
<span class="mw-headline">"(...)</span></h2>
<h2 style="background: none rgb(255, 255, 255); border-bottom: 1px solid rgb(162, 169, 177); font-family: "Linux Libertine", Georgia, Times, serif; font-weight: normal; line-height: 1.3; margin: 1em 0px 0.25em; overflow: hidden; padding: 0px;">
<span class="mw-headline" id="Em_Spinoza">Em Spinoza</span><span class="mw-editsection" style="font-family: sans-serif; font-size: x-small; line-height: 1em; margin-left: 1em; unicode-bidi: isolate; user-select: none; vertical-align: baseline; white-space: nowrap;"><span class="mw-editsection-bracket" style="color: #54595d; margin-right: 0.25em;">[</span><a class="mw-editsection-visualeditor" href="https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Conatus&veaction=edit&section=7" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Editar secção: Em Spinoza">editar</a><span class="mw-editsection-divider" style="color: #54595d;"> | </span><a href="https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Conatus&action=edit&section=7" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Editar secção: Em Spinoza">editar código-fonte</a><span class="mw-editsection-bracket" style="color: #54595d; margin-left: 0.25em;">]</span></span></h2>
<div class="hatnote" style="background-color: white; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 14px; font-style: italic; margin-bottom: 0.5em; padding-left: 1.6em;">
<img alt="" data-file-height="659" data-file-width="663" height="17" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3a/Magnifying_glass_01.svg/17px-Magnifying_glass_01.svg.png" srcset="//upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3a/Magnifying_glass_01.svg/26px-Magnifying_glass_01.svg.png 1.5x, //upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3a/Magnifying_glass_01.svg/34px-Magnifying_glass_01.svg.png 2x" style="border: 0px; vertical-align: middle;" width="17" />Ver artigo principal: <a class="mw-redirect" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Baruch_Spinoza" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Baruch Spinoza">Baruch Spinoza</a></div>
<div class="thumb tleft" style="background-color: white; border: none; clear: left; color: #222222; float: left; font-family: sans-serif; font-size: 14px; margin: 0.5em 1.4em 0.8em 0px; width: auto;">
<div class="thumbinner" style="background-color: #f8f9fa; border: 1px solid rgb(200, 204, 209); font-size: 13.16px; overflow: hidden; padding: 3px; text-align: center; width: 172px;">
<a class="image" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Spinoza.jpg" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;"><img alt="" class="thumbimage" data-file-height="1600" data-file-width="1377" height="198" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/ea/Spinoza.jpg/170px-Spinoza.jpg" srcset="//upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/ea/Spinoza.jpg/255px-Spinoza.jpg 1.5x, //upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/ea/Spinoza.jpg/340px-Spinoza.jpg 2x" style="background-color: white; border: 1px solid rgb(200, 204, 209); vertical-align: middle;" width="170" /></a><div class="thumbcaption" style="border: 0px; font-size: 12.3704px; line-height: 1.4em; padding: 3px; text-align: left;">
<div class="magnify" style="float: right; margin-left: 3px; margin-right: 0px;">
<a class="internal" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Spinoza.jpg" style="background: linear-gradient(transparent, transparent), url("data:image/svg+xml,%3Csvg xmlns=%22http://www.w3.org/2000/svg%22 viewBox=%220 0 11 15%22 width=%2215%22 height=%2211%22%3E %3Cg id=%22magnify-clip%22 fill=%22%23fff%22 stroke=%22%23000%22%3E %3Cpath id=%22bigbox%22 d=%22M1.509 1.865h10.99v7.919h-10.99z%22/%3E %3Cpath id=%22smallbox%22 d=%22M-1.499 6.868h5.943v4.904h-5.943z%22/%3E %3C/g%3E %3C/svg%3E"); color: #0b0080; display: block; height: 11px; overflow: hidden; text-decoration-line: none; text-indent: 15px; user-select: none; white-space: nowrap; width: 15px;" title="Ampliar"></a></div>
<a class="mw-redirect" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Baruch_Spinoza" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Baruch Spinoza">Bento de Spinoza</a></div>
</div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: inherit; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
Conatus é um tema central na filosofia de <a class="mw-redirect" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Baruch_Spinoza" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Baruch Spinoza">Bento de Spinoza</a> (1632–1677). De acordo com Spinoza, "cada coisa, à medida que existe em si, esforça-se para perseverar em seu ser " (<i><a class="mw-redirect" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89tica_(livro)" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Ética (livro)">Ética</a></i>, parte 3, prop. 6). Spinoza apresenta algumas razões para acreditar nisso. Primeiro, as coisas particulares são, como ele diz, os modos de Deus, o que significa que cada um expressa o poder de Deus em uma maneira particular (<i>Ética</i>, parte 3, prop. 6, dem.). Além disso, nunca poderia ser parte da definição de Deus que seus modos contradigam um ao outro (<i>Ética</i>, parte 3, prop. 5); cada coisa, entretanto, "opõe-se a tudo que possa tirar sua existência " (<i>Ética</i>, parte 3, prop. 6, dem.). Esta resistência à destruição é formulada por Spinoza em termos de um esforço para continuar a existir, e <i>conatus</i> é a palavra que ele mais usa frequentemente para descrever esta força.<sup class="reference" id="cite_ref-32" style="line-height: 1; unicode-bidi: isolate; white-space: nowrap;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Conatus#cite_note-32" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;">[32]</a></sup></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: inherit; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
O esforço de perseverança não é simplesmente algo que uma coisa faz, além de outras atividades, que pode acontecer de essa coisa se ocupar. Ao contrário, esforçar-se é "nada mais que a essência verdadeira da coisa" (<i>Ética</i>, parte 3, prop. 7). Alguns estudiosos de Spinoza tomam esta frase para dizer que uma coisa é, em última análise, nada mais que um conatus.<span style="color: grey;"><sup style="line-height: 1;">[</sup></span><sup style="line-height: 1;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:Livro_de_estilo/Cite_as_fontes" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Wikipédia:Livro de estilo/Cite as fontes"><span style="color: grey;" title="Esta afirmação precisa de uma referência para confirmá-la desde maio de 2012."><i>carece de fontes</i></span></a><span style="color: grey;">]</span></sup> Spinoza também usa o termo <i>conatus</i> para se referir a conceitos rudimentares de <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/In%C3%A9rcia" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Inércia">inércia</a>, como Descartes fez anteriormente.<sup class="reference" id="cite_ref-LeB_2-3" style="line-height: 1; unicode-bidi: isolate; white-space: nowrap;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Conatus#cite_note-LeB-2" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;">[2]</a></sup> Uma vez que uma coisa não pode ser destruída sem a ação de forças externas, movimento e repouso, também, existem indefinidamente até sua perturbação.<sup class="reference" id="cite_ref-All_33-0" style="line-height: 1; unicode-bidi: isolate; white-space: nowrap;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Conatus#cite_note-All-33" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;">[33]</a></sup></div>
<h3 style="background: none rgb(255, 255, 255); border-bottom: 0px; font-family: sans-serif; font-size: 1.2em; line-height: 1.6; margin: 0.3em 0px 0px; overflow: hidden; padding-bottom: 0px; padding-top: 0.5em;">
<span id="Manifesta.C3.A7.C3.A3o_comportamental"></span><span class="mw-headline" id="Manifestação_comportamental">Manifestação comportamental</span><span class="mw-editsection" style="font-size: x-small; font-weight: normal; line-height: 1em; margin-left: 1em; unicode-bidi: isolate; user-select: none; vertical-align: baseline; white-space: nowrap;"><span class="mw-editsection-bracket" style="color: #54595d; margin-right: 0.25em;">[</span><a class="mw-editsection-visualeditor" href="https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Conatus&veaction=edit&section=8" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Editar secção: Manifestação comportamental">editar</a><span class="mw-editsection-divider" style="color: #54595d;"> | </span><a href="https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Conatus&action=edit&section=8" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Editar secção: Manifestação comportamental">editar código-fonte</a><span class="mw-editsection-bracket" style="color: #54595d; margin-left: 0.25em;">]</span></span></h3>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: inherit; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
O conceito de <i>conatus</i>, como usado na <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Psicologia">psicologia</a> de <a class="mw-redirect" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Baruch_Spinoza" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Baruch Spinoza">Bento de Spinoza</a>, é derivado de fontes tanto antigas quanto medievais. Spinoza reformulou princípios que os <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Estoicismo" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Estoicismo">estoicos</a>, <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%ADcero" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Cícero">Cícero</a>, <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Di%C3%B3genes_La%C3%A9rcio" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Diógenes Laércio">Diógenes Laércio</a>, e especialmente Hobbes e Descartes desenvolveram.<sup class="reference" id="cite_ref-34" style="line-height: 1; unicode-bidi: isolate; white-space: nowrap;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Conatus#cite_note-34" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;">[34]</a></sup> Uma mudança significativa que ele fez na teoria de Hobbes é sua crença de que o <i>conatus ad motum</i>, (<i>conatus</i> para movimento), <i>não</i> é mental, mas material.<sup class="reference" id="cite_ref-35" style="line-height: 1; unicode-bidi: isolate; white-space: nowrap;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Conatus#cite_note-35" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;">[35]</a></sup></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: inherit; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
Spinoza, com seu <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Determinismo" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Determinismo">determinismo</a>, acreditava que o homem e a natureza devem ser unificados sob um conjunto consistente de leis; <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Deus" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Deus">Deus</a> e a <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Natureza" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Natureza">natureza</a> são um só, e não há <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Livre-arb%C3%ADtrio" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Livre-arbítrio">livre-arbítrio</a>. Contrário à maioria dos filósofos de seu tempo e em acordo com a maioria dos filósofos atuais, Spinoza rejeitava a hipótese dualística de que mente, <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Intencionalidade" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Intencionalidade">intencionalidade</a>, ética, e liberdade devem ser tratadas como coisas separadas do mundo natural dos eventos e objetos físicos.<sup class="reference" id="cite_ref-36" style="line-height: 1; unicode-bidi: isolate; white-space: nowrap;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Conatus#cite_note-36" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;">[36]</a></sup> Sua meta era fornecer uma explicação unificada de todas estas coisas dentro de um quadro <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Naturalismo_(filosofia)" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Naturalismo (filosofia)">naturalista</a>, e sua noção de <i>conatus</i> é central para este projeto. Por exemplo, uma ação é "livre", para Spinoza, somente se ela surge da essência e do <i>conatus</i> de uma entidade. Não pode haver liberdade absoluta e incondicional da vontade, uma vez que todos eventos no mundo natural, incluindo as escolhas e ações humanas, são <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Determinismo" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Determinismo">determinadas</a> de acordo com as leis naturais do universo, que são inevitáveis. No entanto, uma ação ainda pode ser livre no sentido de que não é restringida ou, de outra forma, sujeita a forças externas.<sup class="reference" id="cite_ref-37" style="line-height: 1; unicode-bidi: isolate; white-space: nowrap;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Conatus#cite_note-37" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;">[37]</a></sup></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: inherit; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
Seres humanos são, portanto, parte integrante da natureza.<sup class="reference" id="cite_ref-All_33-1" style="line-height: 1; unicode-bidi: isolate; white-space: nowrap;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Conatus#cite_note-All-33" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;">[33]</a></sup> Spinoza explica o aparentemente irregular comportamento humano como verdadeiramente "natural" e racional e motivado por este princípio do <i>conatus</i>.<sup class="reference" id="cite_ref-38" style="line-height: 1; unicode-bidi: isolate; white-space: nowrap;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Conatus#cite_note-38" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;">[38]</a></sup> No processo, ele substitui a noção de livre-arbítrio pelo <i>conatus</i>, um princípio que pode ser aplicado a toda a natureza e não apenas ao homem.<sup class="reference" id="cite_ref-All_33-2" style="line-height: 1; unicode-bidi: isolate; white-space: nowrap;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Conatus#cite_note-All-33" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;">[33]</a></sup></div>
<h4 style="background: none rgb(255, 255, 255); border-bottom: 0px; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.6; margin: 0.3em 0px 0px; overflow: hidden; padding-bottom: 0px; padding-top: 0.5em;">
<span id="Emo.C3.A7.C3.B5es_e_afetos"></span><span class="mw-headline" id="Emoções_e_afetos">Emoções e afetos</span><span class="mw-editsection" style="font-size: x-small; font-weight: normal; line-height: 1em; margin-left: 1em; unicode-bidi: isolate; user-select: none; vertical-align: baseline; white-space: nowrap;"><span class="mw-editsection-bracket" style="color: #54595d; margin-right: 0.25em;">[</span><a class="mw-editsection-visualeditor" href="https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Conatus&veaction=edit&section=9" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Editar secção: Emoções e afetos">editar</a><span class="mw-editsection-divider" style="color: #54595d;"> | </span><a href="https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Conatus&action=edit&section=9" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Editar secção: Emoções e afetos">editar código-fonte</a><span class="mw-editsection-bracket" style="color: #54595d; margin-left: 0.25em;">]</span></span></h4>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: inherit; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
A visão de Spinoza sobre a relação entre o <i>conatus</i> e os <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Afeto_(filosofia)" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Afeto (filosofia)">afetos</a> humanos não é clara. <a class="new" href="https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Firmin_DeBrabander&action=edit&redlink=1" style="background: none; color: #a55858; text-decoration-line: none;" title="Firmin DeBrabander (página não existe)">Firmin DeBrabander</a>, professor assistente de filosofia do <a class="new" href="https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Maryland_Institute_College_of_Art&action=edit&redlink=1" style="background: none; color: #a55858; text-decoration-line: none;" title="Maryland Institute College of Art (página não existe)">Maryland Institute College of Art</a>, e <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Dam%C3%A1sio" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="António Damásio">António Damásio</a>, professor de <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Neuroci%C3%AAncia" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Neurociência">neurociência</a> da <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_do_Sul_da_Calif%C3%B3rnia" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Universidade do Sul da Califórnia">Universidade do Sul da Califórnia</a>, argumentam que os afetos humanos surgem do <i>conatus</i> e da condução perpétua em direção à perfeição.<sup class="reference" id="cite_ref-39" style="line-height: 1; unicode-bidi: isolate; white-space: nowrap;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Conatus#cite_note-39" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;">[39]</a></sup> De fato, Spinoza declara em sua <i>Ética" que a felicidade, especificamente, "consiste de uma capacidade do ser humano de preservar a si mesmo ". Este "esforço" também é caracterizado por Spinoza como a "fundação da <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Virtude" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Virtude">virtude</a>".<sup class="reference" id="cite_ref-40" style="line-height: 1; unicode-bidi: isolate; white-space: nowrap;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Conatus#cite_note-40" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;">[40]</a></sup> Por outro lado, uma pessoa se entristece por qualquer coisa que se oponha ao seu</i> conatus<i>.<sup class="reference" id="cite_ref-41" style="line-height: 1; unicode-bidi: isolate; white-space: nowrap;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Conatus#cite_note-41" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;">[41]</a></sup></i></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: inherit; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
<a class="new" href="https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=David_Bidney&action=edit&redlink=1" style="background: none; color: #a55858; text-decoration-line: none;" title="David Bidney (página não existe)">David Bidney</a> (1908–1987), professor da <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_Yale" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Universidade Yale">Universidade Yale</a>, discorda. Bidney associa intimamente o "desejo", um afeto primário, ao princípio de <i>conatus</i> de Spinoza. Este ponto de vista é apoiado pelo Scholium de IIIP9 da <i>Ética</i> que declara, "Entre apetite e desejo não há diferença, exceto que desejo é geralmente relacionado aos homens na medida em que eles estão conscientes do apetite. Então desejo pode ser definido como o apetite junto com a consciência do apetite."<sup class="reference" id="cite_ref-LeB_2-4" style="line-height: 1; unicode-bidi: isolate; white-space: nowrap;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Conatus#cite_note-LeB-2" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;">[2]</a></sup> De acordo com Bidney, este desejo é controlado por outros afetos, prazer e dor, e portanto, o <i>conatus</i> se esforça em direção ao que causa alegria e evita o que produz dor.<sup class="reference" id="cite_ref-42" style="line-height: 1; unicode-bidi: isolate; white-space: nowrap;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Conatus#cite_note-42" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration-line: none;">[42]</a> (...)"</sup></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: inherit; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: inherit; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
Fonte: Wikipedia</div>
José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5904624921398809296.post-61299418075904299212018-05-09T14:31:00.002-07:002018-05-09T14:35:53.849-07:00O conatus e a democracia no tratado político de Benedictus de Spinoza, por Carlos Wagner Benevides GomesO conatus e a democracia no tratado político de Benedictus de Spinoza, por Carlos Wagner Benevides Gomes1
<br />
<br />
The Collective Conatus and Democracy in Benedictus de Spinoza’s Political Treatise
Carlos Wagner Benevides Gomes1<br />
<br />
Resumo: Benedictus de Spinoza (1632-1677) propôs uma filosofia política baseada numa ontologia. Analisando
os regimes políticos como a monarquia e a aristocracia, Spinoza define a Democracia como o mais natural
regime político fundado por um povo livre. A conclusão do filósofo é que devemos investigar as causas de
conservação destes regimes políticos segundo o entendimento das paixões humanas. No Tratactus Politicus,
Spinoza explica o conceito de conatus, ou o esforço do indivíduo para perseverar na existência, também
apresentado na sua obra maior Ética. A diferença é que, no Tratactus, ao contrário da Ética, o conatus se refere
ao indivíduo coletivo, ou seja, o Estado democrático. A partir da leitura do Tratactus Politicus e da Ética de
Spinoza, temos o objetivo neste artigo de apresentar as questões sobre o Direito natural e o Direito Civil, o
conatus coletivo e a Democracia. Portanto, a defesa da Democracia como uma política favorável no texto
spinozista, deve-se ao fato de que o Direito Natural e o Direito Civil se complementam e a maior potência do
Estado é a potência da multidão representada pelo conatus coletivo.
Palavras-chave: Spinoza; Democracia; Ética; Política.<br />
<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
<br />
Abstract: Benedictus de Spinoza (1632-1677) proposed a political philosophy based on ontology. After<br />
analyzing political regimes such as the monarchy and aristocracy, Spinoza defines the Democracy as the most<br />
natural political regime founded by free people. The conclusion of the philosopher is that we should investigate<br />
the causes of conservation of this political regimen according to the understanding of the human passions. In<br />
Tratactus Politicus, Spinoza explains the concept of conatus, the individual's effort to persevere in existence,<br />
also presented in his great work Ethics. The mainly difference is that, in Tratactus, contrary to the Ethics,<br />
conatus refers to the collective, that is, the Democratic State. From the reading of the Tratactus Politicus and<br />
Spinoza's Ethics, in this article we aim to present the issues about Natural Right and Civil Right, collective<br />
conatus and Democracy. Therefore, the defense of democracy as a favorable policy in Spinoza's text, due to the<br />
fact that Natural Right and Civil Right are complementary and the greatest power of the state is the power of the<br />
multitude represented by the collective conatus.<br />
Keywords: Spinoza; Democracy; Ethics; Politics.<br />
Introdução<br />
O objeto de estudo deste artigo é explicar o pensamento do filósofo holandês<br />
Benedictus de Spinoza (1632-1677) sobre o conceito filosófico de conatus (esforço), presente<br />
nas suas seguintes obras póstumas: a Parte III (A natureza e origem dos Afetos) da Ética<br />
(Ethica ordine geometrico demonstrata) e o Tratado Político (Tratactus Politicus). Uma das<br />
abordagens centrais é a constituição ética e política do conatus, pois, este reflete tanto um<br />
<br />
1 Mestrando em Filo<br />
Seara Filosófica, N. 11, verão, 2015, p. 59-76 ISSN 2177-8698<br />
60<br />
indivíduo singular (ético) que tem potência ou esforço para perseverar na existência como um<br />
indivíduo coletivo (político) que tem a potência para constituir-se como multidão (multitudo)<br />
em uma sociedade democrática.<br />
A fim de que a exposição fosse clara e, dedutivamente, sistemática, este trabalho foi<br />
divido em forma de tópicos e subtópicos. No primeiro tópico [A fundamentação ontológica do<br />
conatus individual na Ética], fizemos uma apresentação geral da estrutura da obra maior de<br />
Spinoza, a Ética, Parte I (Deus), abordando o sistema ontológico com os conceitos de<br />
Substância (Deus), Atributos e Modos. Em seguida, nos subtópicos, o problema dos afetos,<br />
presente na Parte III da Ética, explicitando os conceitos de ação, de paixão e de conatus, além<br />
disso, a questão da causa adequada e da causa inadequada.<br />
No segundo tópico [O Direito Natural e o Direito Civil no Tratado Político],<br />
demonstramos alguns conceitos pilares da obra inacabada de Spinoza, o Tratado Político que<br />
também reflete problemáticas semelhantes às da Ética como o esforço (conatus) e a potência<br />
(potentia). Apresentamos, aqui, de que forma Spinoza define o Direito Natural e o Direito<br />
Civil como duas esferas que se complementam mostrando grandes diferenças com o<br />
pensamento político hobbeseano. No terceiro tópico [A fundamentação ontológica e política<br />
do conatus coletivo], explicitamos a teoria do conatus coletivo ou a potência da multidão que,<br />
segundo Spinoza, é a participação do Direito Natural ou o conatus individual em prol de uma<br />
sociedade instituída (Direito Civil) onde há uma reunião de potências ou esforços, ou seja,<br />
constituindo o conatus coletivo.<br />
Por fim, no último tópico [O Estado Democrático ou o mais natural dos regimes],<br />
apresentamos de que forma Spinoza, com a teoria da potência coletiva (multitudo), analisa as<br />
formas de governos (Monarquia, Aristocracia e Democracia) pensando nas suas melhores<br />
maneiras de funcionar. A partir desta análise, demonstramos que Spinoza conclui que a<br />
Democracia é o mais natural dos regimes políticos, pois, nele, todos governariam sob a forma<br />
de um poder da multidão e não mais centrado nas mãos de um ou de poucos. Mostraremos,<br />
portanto, que o Estado Democrático tem como fim, segundo Spinoza, a Liberdade, a paz e a<br />
segurança para todos os cidadãos.<br />
1. A fundamentação ontológica do Conatus individual na Ética<br />
A Ética de Spinoza, seguida do título demonstrada segundo a ordem geométrica, foi<br />
publicada postumamente em 1677. Ela é considerada a obra prima do filósofo holandês e<br />
Seara Filosófica, N. 11, verão, 2015, p. 59-76 ISSN 2177-8698<br />
61<br />
como um tratado ético, foi escrita em latim segundo o modelo matemático euclidiano dos<br />
Elementos de Geometria com Definições, Axiomas, Proposições, etc. Foi divida em cinco<br />
partes distintas das quais tratam os seguintes temas: 1) Deus, 2) o corpo e a mente, 3) os<br />
Afetos, 4) A servidão humana e 5) A liberdade humana. Na parte III (A Origem e a Natureza<br />
dos Afetos), Spinoza se dedica ao estudo dos afetos, da ação e da paixão e partir disso, será<br />
discutido adiante pontos centrais como a questão da potência (potentia) e do esforço<br />
(conatus).<br />
Na Parte I (Deus) da Ética, Spinoza expõe, a partir de um método dedutivo, um<br />
sistema ontológico que tem como principal tríade a Substância, o Atributo e o Modo2<br />
. O<br />
homem é a composição de dois modos finitos pertencentes aos atributos “extensão” e<br />
“pensamento” de uma única Substância. Esta Substância, constituída de infinitos atributos<br />
infinitos, é uma causa de si (causa sui), pois, é determinada por si mesma a agir e tendo uma<br />
existência necessária, não é concebida por outra coisa. Assim, do conceito desta Substância,<br />
Spinoza a define de Deus3<br />
. Por sua vez, o Homem como modo finito é concebido por outras<br />
coisas, pois, sofre modificações (afecções) e é constituído como todos os corpos por afetos<br />
que podem ser “alegres” ou “tristes”. Os afetos, entendidos na perspectiva das afecções,<br />
podem ser tanto passivos como ativos, ou seja, dizem respeito às ações ou às paixões de um<br />
corpo (como veremos mais adiante sobre a causa adequada e inadequada)4<br />
a partir do que<br />
ficou estabelecido pelo Princípio da Inércia de movimento e de repouso5<br />
. Neste sentido,<br />
Spinoza nos diz sobre um instinto natural ante estas relações afetivas que envolvem tanto a<br />
natureza do corpo como a natureza da mente, a saber, o conatus.<br />
O termo conatus (do latim, esforço de, ou o esforço para) foi utilizado no século<br />
XVII a partir da nova física que, ao apresentar o Princípio da Inércia (segundo o qual um<br />
corpo permanece em movimento ou repouso se nenhum outro corpo atuar sobre ele<br />
modificando seu estado) torna possível à ideia de que todos os seres do universo possuem a<br />
<br />
2<br />
“[...] 3. Por substância compreendo aquilo que existe em si e que por si mesmo é concebido, isto é, aquilo cujo<br />
conceito não exige o conceito de outra coisa do qual deva ser formado. 4. Por atributo compreendo aquilo que,<br />
de uma substância, o intelecto percebe como constituindo a sua essência. 5. Por modo compreendo as afecções<br />
de uma substância, ou seja, aquilo que existe em outra coisa, por meio da qual também é concebido.”<br />
(SPINOZA, 2010, p. 13)<br />
3<br />
‘‘Por Deus compreendo um ente absolutamente infinito, isto é, uma substância que consiste de infinitos<br />
atributos, cada um dos quais exprime uma essência eterna e infinita.’’ (SPINOZA, 2010, p.13). Trata-se de um<br />
Deus causa imanente e não transcendente como, por exemplo, o Deus da religião judaico-cristã.<br />
4<br />
“Assim, quando podemos ser a causa adequada de alguma coisa dessas afecções, por afeto compreendo, então,<br />
uma ação; em caso contrário, uma paixão.” (SPINOZA, 2010, p.163).<br />
5 Spinoza, na Parte II da Ética, demonstrou uma “pequena física dos corpos” como ficou conhecida pelos<br />
estudiosos spinozanos. Ao tratar as propriedades físicas dos corpos em gerais, o filósofo holandês definiu o<br />
seguinte axioma: “Todos os corpos estão ou em movimento ou em repouso.” (SPINOZA, 2010, p.99).<br />
Seara Filosófica, N. 11, verão, 2015, p. 59-76 ISSN 2177-8698<br />
62<br />
tendência natural e espontânea à autoconservação e se esforçam para permanecer na<br />
existência. Na filosofia e na física, foi empregado, a princípio, por René Descartes (1596-<br />
1650), no Princípio de Filosofia e por Thomas Hobbes (1588-1679), no Leviatã. Marilena<br />
Chauí (2003) aponta para diferenças importantes entre a concepção de conatus em Hobbes e<br />
Spinoza.<br />
Espinosa diverge de Hobbes sob três aspectos fundamentais. Em primeiro lugar,<br />
porque afirma a indestrutibilidade intrínseca da essência singular, Espinosa formula<br />
a conservação ou perseveração no ser como proporcionalidade do quantum de<br />
movimento e de repouso sem se referir, como Hobbes, a velocidade; [...] Em<br />
segundo, diferencia entre conservar o seu estado [...] e perseverar em seu ser. [...]<br />
Finalmente, em terceiro, graças a ideia do indivíduo como integração e diferenciação<br />
interna de constituintes e do princípio de aumento e diminuição da potência ou<br />
intensidade da força pelas relações com as potências externas, Espinosa pode<br />
conceber a liberdade para além da concepção hobbesiana [...]6<br />
Spinoza, na Parte II (A Natureza e a Origem da Mente) da Ética, expôs, na<br />
Proposição 13, uma física dos corpos segundo a qual os corpos em geral (humanos ou não)<br />
são classificados como moles, fluídos e duros e que conservam sua natureza sem qualquer<br />
mudança de suas formas. Assim, o indivíduo se conserva mesmo que lhe seja retirado<br />
componentes, sendo substituído por outros, na mesma proporção do movimento e do repouso,<br />
e ainda que se movam nesta ou naquela direção. E é a esta conservação que Chauí (2003)<br />
chama de “[...] a primeira aproximação da definição de conatus [...]7<br />
.” Por conseguinte, nestes<br />
termos da física dos corpos, a natureza inteira, diz Spinoza, pode ser considerada ‘‘[...] um só<br />
indivíduo, cujas partes, isto é, todos os corpos, variam de infinitas maneiras, sem qualquer<br />
mudança do indivíduo inteiro.’’<br />
8 Sobre o corpo simples e sua relação afetiva por meio do<br />
Princípio da Inércia, diz Rizk (2006):<br />
[...] o corpo simples, não pode senão manter o seu estado, quer dizer,<br />
considerar a sua velocidade, o seu conato limita-se ao princípio da inércia.<br />
Além disso, é preciso sublinhar que mesmo esta conservação simples implica<br />
a resistência dos corpos simples aos outros corpos, a fim de manter a<br />
trajetória em linha reta.9<br />
Spinoza, na Proposição 7 da Parte III (A Origem e Natureza dos Afetos) da Ética diz: “<br />
O esforço pelo qual cada coisa se esforça por perseverar em seu ser nada mais é do que a sua<br />
essência atual.”<br />
10 O filósofo também em outros termos dirá que o esforço (conatus) trata-se de<br />
uma potência (potentia)<br />
11 ou força atuante do corpo. Além disso, também como constituindo a<br />
<br />
6 CHAUI, 2003, pp.139-140<br />
7 CHAUI, 2003, p.134<br />
8 SPINOZA, 2010, p.105<br />
9 RIZK, 2006, p.104<br />
10 SPINOZA, 2010, p.175<br />
11 Segundo a Definição 8 da Parte IV (A servidão humana ou a Força dos Afetos) da Ética: “Por virtude e<br />
potência compreendo a mesma coisa, isto é [...], a virtude, enquanto referida ao homem, é sua própria essência<br />
Seara Filosófica, N. 11, verão, 2015, p. 59-76 ISSN 2177-8698<br />
63<br />
essência singular do indivíduo, esta potência, diz Spinoza, é uma parte da Potência infinita de<br />
Deus. Sobre a questão de o conatus ser denominado de “essência atuante”, diz Chauí (2003):<br />
Que significa defini-lo como essência? [...] significa que uma coisa qualquer não é a<br />
realização particular de um universal e que, por conseguinte, um ser humano não é a<br />
realização de uma natureza humana universal, mas uma singularidade individual por<br />
sua própria essência. Que significa defini-lo como atual? Afirmar que é uma<br />
singularidade em ato [...] uma força sempre em ação.12<br />
Como uma força interna positiva ou afirmativa, o conatus é intrinsecamente<br />
indestrutível, pois nenhum ser busca a autodestruição. Sua duração é ilimitada dependendo da<br />
força de causas exteriores que o leva a destruição. Isto é explicado por Spinoza na Proposição<br />
8 da Parte III: “O esforço pelo qual cada coisa se esforça por perseverar em seu ser não<br />
envolve nenhum tempo finito, mas um tempo indefinido.”<br />
13<br />
Tanto o corpo como a mente persevera em sua existência. A mente, por exemplo,<br />
‘‘[...] esforçar-se por perseverar em seu ser por uma duração indefinida, e está consciente<br />
desse seu esforço14<br />
.’’ O esforço referido apenas à mente chama-se vontade (voluntas), mas o<br />
esforço referido à mente e ao corpo chama-se apetite (appetitus). Segundo Spinoza, somos<br />
afetados de tal forma que a nossa potência de agir (do corpo) pode sofrer mudanças que<br />
implicam simultaneamente na potência de pensar (da mente), pois ‘‘Se uma coisa aumenta ou<br />
diminui, estimula ou refreia a potência de agir de nosso corpo, a ideia dessa coisa aumenta ou<br />
diminui, estimula ou refreia a potência de pensar de nossa mente.’’<br />
15 Além do aumento ou<br />
diminuição de nossa potência por alguns afetos, há aqueles que podem ser indiferentes ou<br />
neutros para a potência.<br />
A mente, por exemplo, pode padecer ora passando de uma perfeição maior, ora a uma<br />
perfeição menor. Segundo Spinoza, são dois os afetos que regulam esta perfeição: a alegria<br />
(laetitia) e a tristeza (tristitia). A Alegria é uma paixão pela qual a mente passa a uma<br />
perfeição maior; a Tristeza, por sua vez, é uma paixão pela qual a mente passa a uma<br />
perfeição menor. Por conseguinte, diz Spinoza, ‘‘a mente esforça-se, tanto quanto pode, por<br />
imaginar aquelas coisas que aumentam ou estimulam a potência de agir do corpo.’’16<br />
Para Spinoza, uma ação na mente corresponde a uma ação no corpo e vice-versa,<br />
diferentemente de Descartes que uma ação na mente correspondia a uma paixão no corpo e<br />
<br />
ou natureza, à medida que ele tem o poder de realizar as coisas que podem ser compreendidas exclusivamente<br />
por meio das leis de sua natureza.” (SPINOZA, 2010, p.269)<br />
12 CHAUI, 2003, p.138<br />
13 SPINOZA, 2010, p.175<br />
14 SPINOZA, 2010, p.175<br />
15 SPINOZA, 2010, p.177<br />
16 SPINOZA, 2010, p.179<br />
Seara Filosófica, N. 11, verão, 2015, p. 59-76 ISSN 2177-8698<br />
64<br />
uma ação deste, uma paixão naquela. Assim, a mente age de tal forma simultânea ao corpo<br />
que, quando o corpo tem sua potência de agir refreada por certas paixões negativas (dentre as<br />
principais, a tristeza, o ódio e o medo), a mente se esforça para recordar de coisas que<br />
excluam a existência daquelas. ‘‘Disso se segue que a mente evita imaginar aquelas coisas<br />
que diminuem ou refreiam a sua potência e a do corpo.’’<br />
17 No que se refere ainda à potência<br />
da mente, Spinoza diz que a mente alegra-se quando considera a si própria, e se entristece<br />
quando imagina sua impotência.<br />
1.1. Ação e Paixão segundo a Teoria dos Afetos<br />
Spinoza expõe sua teoria sobre os Afetos, a partir da definição 3 da Parte III da Ética,<br />
onde se diz o seguinte: “Por afeto compreendo as afecções do corpo, pelas quais sua potência<br />
de agir é aumentada ou diminuída, estimulada ou refreada, e, ao mesmo tempo, as ideias<br />
dessas afecções.”<br />
18 As afecções, neste sentido, são modificações ou alterações que os corpos e<br />
as mentes sofrem: são modificações corpóreas e significações psíquicas. O corpo afeta outro<br />
corpo e é afetado por outros corpos, pois, como modos finitos, são coisas singulares19 que<br />
dependem de outras coisas singulares para existirem num processo ad infinitum. A mente,<br />
enquanto ideia do corpo, “não conhece a si mesma senão enquanto percebe as ideias das<br />
afecções do corpo.”20<br />
É interessante notar que, na definição de Afeto, Spinoza também explica que ele pode<br />
ser entendido propriamente como um afeto (affectus) se temos uma ação ou como uma paixão<br />
(passio) se padecemos. Numa seção intitulada Definição dos Afetos da Parte III da Ética,<br />
Spinoza expõe uma extensa lista de Afetos. Os afetos considerados primários são a Alegria e<br />
a Tristeza, como vimos, e também o Desejo (cupiditas) que é definido como a nossa própria<br />
essência21<br />
. O desejo constitui os afetos e as afecções, pois, é a afecção do corpo e acontece<br />
como uma intenção ou busca de algum sentido. É a força do desejo que influencia na força do<br />
conatus, pois, este tanto aumenta como diminui a força para existir e para pensar. Spinoza<br />
justifica isto na Proposição 11 da Parte III: “Se uma coisa aumenta ou diminui, estimula ou<br />
<br />
17 SPINOZA, 2010, p.181<br />
18 SPINOZA, 2010, p.163<br />
19 Segundo a Definição 7 da Parte II da Ética: “Por coisas singulares compreendo aquelas coisas que são finitas e<br />
que têm uma existência determinada.” (SPINOZA, 2010, p. 81)<br />
20 SPINOZA, 2010, p.117<br />
21 “O desejo é a própria essência do homem, enquanto esta é concebida como determinada, em virtude de uma<br />
dada afecção qualquer de si própria, a agir de alguma maneira.” (SPINOZA, 2010, p.237)<br />
Seara Filosófica, N. 11, verão, 2015, p. 59-76 ISSN 2177-8698<br />
65<br />
refreia a potência de agir de nosso corpo, a ideia dessa coisa aumenta ou diminui, estimula ou<br />
refreia a potência de pensar de nossa mente.” 22<br />
<br />
Neste sentido, podemos dizer que, as afecções do corpo correspondem aos afetos da<br />
mente. Nas afecções do corpo, há imagens, enquanto nas afecções da mente, há ideias afetivas<br />
ou sentimentais. Há o esforço de perseverar no ser mesmo que esteja diante de ideias claras e<br />
distintas e de ideias confusas, pois “A mente quer enquanto tem ideias claras e distintas, quer<br />
enquanto tem ideias confusas, esforça-se por perseverar em seu ser por duração indefinida, e<br />
está consciente desse esforço.”<br />
23 Assim, tanto um individuo dotado de razão ou paixão, ativo<br />
ou passivo, tem um esforço (conatus) que diminua ou aumente sua potência.<br />
Como vimos, o corpo consta de uma força maior ou menor para existir, afetar outros<br />
corpos e ser afetado por eles, assim como, a mente que consta de uma força maior ou menor<br />
para pensar. Dizemos, por exemplo, que a potência diminui a capacidade de pensar e existir a<br />
partir do ódio e da tristeza e ela aumenta a força pelo existir com a alegria e o amor. “[...] O<br />
espírito [mente] prova afecções puramente ativas de alegria todas as vezes que, ao afirmar<br />
ideias adequadas, se conhece a si mesmo adequadamente como causa de tais ideias.”<br />
24<br />
Em suma, a potência (potentia) de existir, mesmo que pela experiência do mundo das<br />
paixões, permite o indivíduo a possibilidade de passar das afecções passivas às afecções<br />
ativas. A potência (a essência atual do indivíduo enquanto coisa singular) se constitui tanto<br />
nas relações passivas como ativas. Spinoza nos mostrou a questão do corpo e da mente na<br />
perspectiva dos afetos de uma forma inovadora, pois, diferente de Descartes25 que explicou as<br />
paixões o máximo pelas leis mecanicistas e físicas, o filósofo holandês colocou-se como<br />
geômetra tratando as ações e paixões humanas como linhas, planos e corpos.<br />
1.2. O problema da Causa Adequada e da Causa Inadequada<br />
Segundo Ramond (2010), a doutrina da adequação tende progressivamente a se<br />
conciliar em profundidade com a da univocidade do ser. “[...] Na história da filosofia, a<br />
adequação é uma tentativa muito original de constituir a objetividade sem referir primeiro o<br />
<br />
22 SPINOZA, 2010, p.177<br />
23 SPINOZA, 2010, p.175<br />
24 RIZK, 2006, p. 202<br />
25Conforme o Prefácio da Parte V (A potência do intelecto ou a liberdade humana) da Ética: ‘‘[...] Que<br />
compreende ele [Descartes], afinal, por união da mente e do corpo? Que conceito claro e distinto, pergunto, tem<br />
ele de um pensamento estreitamente unido a uma certa partícula de quantidade? Gostaria muito que ele estivesse<br />
explicado essa união por sua causa próxima. Ele havia, entretanto, concebido a mente de maneira tão distinta do<br />
corpo que não pôde atribuir nenhuma causa singular nem a essa união, nem a própria mente, razão pela qual<br />
precisou recorrer à causa do universo inteiro, isto é, Deus’’(SPINOZA, 2010, p. 367).<br />
Seara Filosófica, N. 11, verão, 2015, p. 59-76 ISSN 2177-8698<br />
66<br />
pensamento e objetos [...]”<br />
26 Mas, afinal o que é a Causa Adequada explícita no texto<br />
spinozista? Ou como sabemos que algo está de forma adequada? O problema é que Spinoza,<br />
afirma em suas obras, muitas vezes, ‘‘verdadeiro’’ e ‘‘adequado’’ como sinônimos. Sendo o<br />
verdadeiro intrínseco e não extrínseco a Ideia verdadeira (Adequada de Deus). Neste sentido,<br />
“adequada”, pela palavra originária nos diz sobre o que é proporcional, causal e essencial. Em<br />
Spinoza, como vimos, Deus se refere a uma causa de si (causa sui), e consequentemente, é<br />
uma causa eficiente imanente27, pois, é determinada e age por si só e tem uma existência<br />
necessária. O conceito de Causa Adequada (causa adaequata) é apresentado por Spinoza na<br />
Definição 1 da Parte III: “Chamo de causa adequada aquela cujo efeito pode ser percebido<br />
clara e distintamente por ela mesma.28<br />
A Causa adequada, ligada também a ideia verdadeira ou adequada, é quando o ser é<br />
ativo e livre. É sermos ativos ou atuarmos como causa total do que se passa em nós. Ao<br />
contrário, temos uma causa inadequada (causa inadaequata) quando somos influenciados, em<br />
nossas ações, por paixões. Na Causa inadequada, nosso conatus é uma causa parcial do que<br />
faz, sente e pensa; somos causas inadequadas na paixão porque, nestas, somos determinados a<br />
fazer, sentir e pensar pela ação de causas externas mais fortes e poderosas do que nós.<br />
No desconhecimento das causas, o desejo do individuo é arrastado passivamente para<br />
uma determinada direção. Spinoza afasta ‘‘a suposição tradicional de que somos movidos por<br />
causas finais externas e que somos livres quando nosso apetite e nosso desejo são baseados<br />
por nossa vontade a escolher os fins bons e virtuosos.’’<br />
29 Não há uma vontade livre para fazer<br />
o que quisermos e não há Finalismos nem em nós nem na Natureza, pois, esta que é Deus<br />
(Deus sive Natura), segue uma ordem necessária e não contingente. Atuamos, passivamente,<br />
enquanto causas eficientes parciais30 do que se passa em nós (nas paixões). As paixões longe<br />
de serem todas consideradas vícios ou pecados são, para Spinoza, efeitos necessários<br />
enquanto somos partes finitas da natureza.<br />
Como dito anteriormente, existe uma relação entre a ação e a paixão na teoria dos<br />
Afetos de Spinoza, bem como, com as causas em que estamos fundados. Recapitulando a<br />
Definição de Afeto, Spinoza explica, na Definição 2 da Parte III da Ética, que o afeto,<br />
<br />
26 RAMOND, 2010, p.14<br />
27 “A causa que produz o efeito sem separar-se dele, pois o efeito é uma propriedade interna da própria causa e<br />
uma expressão determinada dela.” (CHAUI, 1995, p.105).<br />
28 SPINOZA, 2010, p.163<br />
29 CHAUI, 1995, p.64<br />
30 “A causa que produz um efeito e se separa dele, de sorte que depois da ação causal há dois seres independentes<br />
(a causa e o efeito), e sem ligação, cada qual com sua vida própria.” (CHAUI, 1995, p.105).<br />
Seara Filosófica, N. 11, verão, 2015, p. 59-76 ISSN 2177-8698<br />
67<br />
relacionado à causa adequada, é uma ação; caso contrário, é uma paixão ou uma causa<br />
inadequada:<br />
Digo que agimos quando, em nós ou fora de nós, sucede algo de que somos a causa<br />
adequada, isto é [...] quando de nossa natureza se segue, em nós ou fora de nós, algo<br />
que pode ser compreendido clara e distintamente por ela só. Digo, ao contrário, que<br />
padecemos quando, em nós, sucede algo, ou quando de nossa natureza se segue algo<br />
de que não somos causa senão parcial.<br />
Assim, o homem pode ter uma ação fundada numa causa adequada ou numa causa<br />
inadequada. A causa é dita adequada quando somos totalmente autores de nossas ações e<br />
temos não só o conhecimento claro e distinto dos efeitos das coisas, mas de suas causas<br />
primeiras. Por sua vez, a causa é dita inadequada quando o homem, por exemplo, age coagido<br />
por causas exteriores (paixões negativas), conhecendo apenas o efeito das coisas.<br />
Por conseguinte, esta relação entre ação e paixão, causa adequada e causa<br />
inadequada, na teoria dos afetos de Spinoza, reflete no esforço conativo dos modos finitos,<br />
pois, o aumento ou a diminuição das Potências de agir (corpo) e de pensar (mente) depende da<br />
forma como agimos e conhecemos de maneira adequada ou inadequada. Uma causa adequada<br />
está, segundo a epistemologia spinozana exposta na teoria das Ideias31, na Parte II da Ética,<br />
relacionada às ideias adequadas32 (verdadeiras, claras e distintas) e ao encontro (occursus) de<br />
bons afetos (paixões alegres) que aumentam minha potência ou o conatus. Por outro lado,<br />
uma causa inadequada está ligada às ideias inadequadas (falsas, confusas e mutiladas) e ao<br />
encontro de maus afetos (paixões tristes) que diminuem minha potência.<br />
2. O Direito Natural e o Direito Civil no Tratado Político<br />
Segundo Durant, ‘‘[...] o Tratactus Politicus, [é] a obra da idade mais madura de<br />
Spinoza, interrompida repentinamente por sua morte prematura’’33<br />
. Inacabado e publicado na<br />
Opera Posthuma (1677), Spinoza escreve o Tratado Político até o momento em que tentou<br />
nos dizer algo sobre a Democracia, precisamente no capítulo XI, composto apenas por quatro<br />
parágrafos. Há duas hipóteses para o tratado inacabado: 1) devido ter sido uma das últimas<br />
obras escritas pouco tempo antes da morte do filósofo por uma tuberculose ou 2) devido o<br />
possível receio de Spinoza que, defendendo a república viu o ressurgimento do Partido<br />
monárquico dos Orangistas na Holanda do século XVII e o fato do linchamento e morte, em<br />
<br />
31 Segundo a Definição 3 da Parte II (A Natureza e a Origem da Mente): “Por ideia compreendo um conceito da<br />
mente, que a mente forma porque é uma coisa pensante” (SPINOZA, 2010, p.79).<br />
32 “Por ideia adequada compreendo uma ideia que, enquanto considerada em si mesma, sem relação com o<br />
objeto, tem todas as propriedades ou denominações intrínsecas de uma ideia verdadeira.” (SPINOZA, 2010,<br />
p.79).<br />
33 DURANT, 1999, p.189.<br />
Seara Filosófica, N. 11, verão, 2015, p. 59-76 ISSN 2177-8698<br />
68<br />
1672, dos irmãos Johan (1625-1672) e Cornelis (1623-1672) De Witts (do partido dos<br />
republicanos) por uma turba de fanáticos a favor da monarquia.<br />
Em seu contexto histórico, conturbado politico e religiosamente, contemplou uma<br />
geração que estudava Hobbes e a legitimação deste da monarquia absoluta. ‘‘[...] Spinoza,<br />
amigo dos Republicanos De Witt, formulou uma filosofia política que expressava as<br />
esperanças liberais e democráticas de sua época na Holanda’’34. No Tratado Político, temos<br />
uma análise rigorosa dos sistemas de governos como a Monarquia, a Aristocracia e a<br />
Democracia onde Spinoza retoma os conceitos pilares do jusnaturalismo como o Estado de<br />
Natureza, o Direito natural e o Direito Civil, este marcado por uma sociedade instituída pela<br />
multidão (multitudo)<br />
35<br />
. A inovação spinozana, neste campo, é a ideia de que o Direito Natural<br />
e o Direito Civil devem se complementar uma vez que naquele o homem vivia sem lei<br />
(individualmente isolado) e sem proteção uns aos outros, e neste, onde o homem supera seu<br />
medo e suas paixões, pois há uma autosufiência mútua numa sociedade organizada.<br />
Segundo Spinoza, a lei é necessária para refrear as paixões humanas no Direito Civil,<br />
mas seria supérflua se todos fossem conduzidos pela razão. Grande parte dos princípios<br />
dirigidos ao Estado perfeito para Spinoza, um Estado Democrático, já fora apresentado em<br />
seu Tratado Teológico-Político (1670) no Capítulo XX. Segundo Spinoza, a liberdade é o fim<br />
último do Estado, além disso, a segurança de uns com os outros onde possam viver sem medo<br />
de agir e de pensar. A finalidade do povo é a sua liberdade de expressão e de pensamento<br />
através da realização de suas potências coletivas.<br />
O Tratado Político é uma obra que reflete o fundamento ontológico da SubstânciaDeus<br />
ou a Natureza, também exposto na Ética, para explicar a sua teoria do Direito36<br />
. É<br />
retomada também a questão do conatus individual e da potência, como veremos, mas no<br />
campo político. Neste sentido, não é surpreendente que Spinoza comece o Capítulo I do<br />
Político falando sobre as paixões nestes termos:<br />
Os filósofos concebem as emoções [paixões ou afetos] que se combatem entre si, em<br />
nós, como vícios em que os homens caem por erro próprio; é por isso que se<br />
habituaram a ridicularizá-los, desprezá-los, reprova-los ou, quando querem parecer<br />
mais morais, detestá-los. Julgam assim agir divinamente e elevar-se ao pedestal da<br />
<br />
34 DURANT, 1999, p.189<br />
35 No segundo capítulo de sua tese de doutorado (Trama afetiva da politica: uma leitura da filosofia de<br />
Espinosa), Braga (2015, p.148), trabalha a questão do direito fundamentada numa teoria dos afetos e explicita o<br />
problema da multidão: “O que é, então, a multidão, a qual se transfere potência ao poder soberano e lhe dá vida e<br />
potência? A multidão é a potência da multiplicidade dos desejos (sob a forma de esperanças e receios)<br />
articulados pelo que têm de comum, via emulação afetiva.”<br />
36 “Espinosa concebe o jurídico em chave ontológica. Mais precisamente: tudo que é, é em Deus, isto é, na<br />
substância absolutamente infinita. [...] O direito, por conseguinte, só poderia se apresentar em chave ontológica,<br />
na imanência da substância.” (BRAGA, 2015, p.181).<br />
Seara Filosófica, N. 11, verão, 2015, p. 59-76 ISSN 2177-8698<br />
69<br />
sabedoria, prodigalizando toda espécie de louvores a uma natureza humana que em<br />
parte alguma existe, e atacando através de seus discursos a que realmente existe.37<br />
Contra os moralistas da tradição e de seu tempo, Spinoza critica àqueles que<br />
consideravam a paixão como algo distinto da Natureza humana, além disso, por terem<br />
separado a Natureza humana da Natureza geral, pois como Spinoza diz, no Prefácio da Parte<br />
III da Ética, “[...] parecem conceber o homem na natureza como um império num império.”38<br />
Adiante, o filósofo holandês critica os pensadores satíricos, especulativos e utópicos que,<br />
confiando na ideia do finalismo normativo do indivíduo, acreditam que o verdadeiro político é<br />
aquele que é mais movido pela razão do que pelas paixões. Segundo Chauí (2003), “[...]<br />
Espinosa não só afirma a naturalidade das paixões, mas também que a religião tem pouca<br />
eficácia [...] e que a razão, embora possa moderá-las, também não tem sobre elas domínio<br />
absoluto [...]”39<br />
.<br />
No Capítulo II do Tratado Político, Spinoza define o Direito Natural: ‘‘Por Direito<br />
Natural, por tanto, entendo as próprias leis ou regras da Natureza segundo os quais tudo<br />
acontece, isto é, o próprio poder da Natureza.’’40 Ou seja, há a identificação das leis da<br />
natureza com a Potência de Deus (Potentia Dei), pois, todas as coisas enquanto são potências<br />
finitas fazem parte da Potência infinita de Deus enquanto este é entendido como uma<br />
substância imanente. Por conseguinte, Spinoza determina o Direito natural segundo a relação<br />
do homem com o seu Poder e o seu Direito expresso na noção de jus sive potentia: direito e<br />
poder são uma só e mesma coisa, pois o direito vai até onde vai a potência41<br />
.<br />
A princípio, o conceito de Direito Natural refletia a ideia de uma sociedade baseada<br />
no respeito à justiça e ao bem comum. Tal direito era constituído por indivíduos isolados num<br />
estado de natureza seguindo os ditames da Razão onde tudo é de todos. Porém, a sociedade<br />
europeia abandonou tal ideia alegando que o Estado de Natureza era contraditório, pois não<br />
havia uma sociedade justa e puramente racional. Para Spinoza, tal sociedade não passaria do<br />
“domínio da utopia ou da idade de ouro”42<br />
. Os homens se conservam (conatus) e estão<br />
inclinados no Direito natural não segundo a Razão, mas pela vontade que determina a agir. O<br />
homem (modo finito) é parte da natureza e conduzido pelo desejo ou pela razão, está<br />
conforme as leis e regras da natureza que é Deus. Mas existia, pois, vidas sociais e políticas<br />
<br />
37 SPINOZA, 1983, p. 305<br />
38 SPINOZA, 2010, p.161<br />
39 CHAUI, 2003, p. 157<br />
40 SPINOZA, 1983, p. 307<br />
41 “[...] o direito natural da natureza inteira, e consequentemente de cada indivíduo, estende-se até onde vai a sua<br />
capacidade e, portanto tudo que faz um homem, seguindo as leis de sua própria natureza, fá-lo em virtude de um<br />
direito natural soberano, e tem sobre a natureza tanto direito quanto poder” (SPINOZA, 1983, p.307).<br />
42 SPINOZA, 1983, p. 306<br />
Seara Filosófica, N. 11, verão, 2015, p. 59-76 ISSN 2177-8698<br />
70<br />
com forças conflitantes e divergentes no Direito Natural. O Estado de Natureza era<br />
responsável por enfraquecer o conatus individual, fundamentado, ontologicamente, na Ética<br />
de Spinoza, pelo medo, pelo ódio, pela inveja e outras paixões tristes. Spinoza mostra que o<br />
problema é de natureza humana e não política: ‘‘Considerei também as emoções [paixões]<br />
humanas, tais como o amor, a cólera, a inveja, o soberbo, a piedade e outras inclinações da<br />
alma [mente], não como vícios, mas como propriedades da natureza humana’’43<br />
.<br />
A análise de Spinoza sobre a política reflete a interpretação que Maquiavel fez a<br />
partir da experiência dos fatos históricos. E Inspirado na concepção de Hobbes sobre o Direito<br />
Natural e consequentemente, na teoria do conatus como o esforço do indivíduo para<br />
perseverar na existência, ainda assim, Spinoza consegue diferenciar sua concepção política do<br />
filósofo inglês. Na Carta Nº 50, de 2 de Junho de 1674, Spinoza responde a um amigo, Jarig<br />
Jelles, sobre em que consistiria a diferença de sua política da de Hobbes:<br />
Tu me perguntas qual é a diferença da concepção política de Hobbes e a minha.<br />
Respondo-te: a diferença consiste em que mantenho sempre o direito natural e que<br />
considero que o magistrado supremo, em qualquer cidade, só tem direitos sobre os<br />
súditos na medida em que seu poder seja superior ao deles, coisa que sempre ocorre<br />
no estado natural.44<br />
Os homens, naturalmente, não conseguem viver sem uma lei em comum, regras<br />
comuns e coisas públicas que estabelecem as instituições. Neste sentido, a política era uma<br />
ciência prática de razões certas e indubitáveis, segundo Spinoza. Quando os homens<br />
perceberam que a solidão no Estado de Natureza era desfavorável e que há mais utilidade e<br />
possibilidades se reunirem suas forças e descobrirem as vantagens da vida social e política é<br />
que surge o Direito Civil. Esta reunião de forças tem como objetivo não só o bem comum,<br />
mas garantir liberdade, paz e segurança para todos. Segundo Chauí (2003), a “marca do<br />
estado de natureza é a impossibilidade de efetuar o esforço de conservação do ser e, portanto,<br />
tal estado não é a realização do direito natural e sim obstáculo a esse direito.”45<br />
Segundo Hobbes, o homem saía do Direito Natural por meio de um contrato social<br />
onde há a alienação de seus direitos e que lhes permitiam transferir seu poder ao soberano<br />
(assembleia, democracia, monarquia ou aristocracia). Para Spinoza, ao contrário, não deveria<br />
haver contratos uma vez que não existe contrato direto entre Súditos e Soberanos, sendo<br />
assim, uma ilusão. A ideia do pacto implicaria na transferência total do direito natural e do<br />
conatus individual a outro, ao contrário disto, o pacto deveria ser, segundo Spinoza, uma<br />
transferência de meu direito natural para um direito maior que é a coletividade. Neste sentido,<br />
<br />
43 SPINOZA, 1983, p. 306<br />
44 SPINOZA, 1983, p. 390<br />
45 CHAUI, 2003, p.162<br />
Seara Filosófica, N. 11, verão, 2015, p. 59-76 ISSN 2177-8698<br />
71<br />
Spinoza diz que o Direito Civil existe para superar e complementar o que faltava no Estado de<br />
Natureza, a saber, a liberdade, a paz e a segurança.<br />
No Capítulo III do Tratado Político, Spinoza define conceitos básicos do Estatuto de<br />
um Estado Civil como: cidade, negócios comuns, coisas públicas e cidadãos. Spinoza chega a<br />
questionar se o Estado Civil seria irracional, pois, o conceito de juízo ou de legislação consigo<br />
mesmo (sui iuris) do Estado Natural desaparece no Estado Civil onde haveria certa submissão<br />
do indivíduo (alterius iuris). No Direito Civil, o Soberano que tem o direito de estabelecer um<br />
juízo sobre os atos de cada um, administrando-os e castigando-os. No Capítulo IV, diz<br />
Spinoza, ‘‘[...] a cidade para permanecer senhora de si mesma, deve manter as causas do<br />
temor e do respeito, sob a pena de não ser mais uma cidade’’46. Portanto, o Soberano é o<br />
único que detém o poder público e que pode julgar segundo o direito civil e interpretar as leis.<br />
No Capítulo V, Spinoza afirma que o fim último do Direito Civil deveria ser a paz e a<br />
segurança, embora não suprima as constantes guerras e as violações de leis, sendo assim, não<br />
muito diferente do Estado de Natureza. A conclusão do filósofo holandês é que o direito da<br />
cidade deve ser definido pelo poder das massas (multitudo) e conduzidas por um único<br />
pensamento (una veluti mente).<br />
3. A fundamentação ontológica e política do Conatus coletivo<br />
Segundo Chauí (1995), ‘‘[...] a essência humana se define pelo conatus, isto é, pela<br />
potência interna de agir ou esforço de autopreservação na existência. Na política, o conatus se<br />
chama direito natural’’<br />
47. Para Spinoza, o conatus não conhece a ideia de bondade e de<br />
justiça, pois estes só têm sentido na vida social e política. Como vimos, anteriormente, o<br />
conatus individual é o Direito natural, visto que, o Direito é tudo aquilo quanto alguém tenha<br />
o poder de conseguir, assim, o Direito vai até onde vai a minha Potência de Agir (jus sive<br />
potentia). Porém, este esforço individual tem uma força individual menor do que vários outros<br />
juntos e unidos.<br />
A partir do momento que os homens, no Estado de Natureza, se unem pra descobrir as<br />
vantagens da vida em comum, não fazem mais pactos nem contratos. Surge, então, a ideia de<br />
um sujeito coletivo formado pela multidão (multitudo) ou a massa. Temos ai, diferentemente<br />
do conatus individual cuja potência é mais fraca e isolada, o conatus coletivo como um<br />
esforço mais forte e superior àquele. Tal esforço é considerado soberano ou o próprio Direito<br />
<br />
46 SPINOZA, 1983, p. 318<br />
47 CHAUI, 1995, p. 73<br />
Seara Filosófica, N. 11, verão, 2015, p. 59-76 ISSN 2177-8698<br />
72<br />
Civil onde o sujeito coletivo deseja governar e não ser governado, pois, ninguém transfere a<br />
outro o direito do poder para governá-lo, mas cada um e todos conservam e aumentam suas<br />
forças isoladas do Direito Natural. Por conseguinte, diz Spinoza:<br />
Se duas pessoas concordam entre si e unem as suas forças, terão mais poder<br />
conjuntamente e, consequentemente, o direito superior sobre a natureza que cada<br />
uma delas não possui sozinha e quanto mais numerosos forem os homens que<br />
tenham posto suas forças em comum, mais direito terão eles todos48<br />
.<br />
Caso contrário, o homem tem menos poder e menos direito se temem isolados, pois o<br />
Direito Natural só é concebível se o homem buscar direitos comuns, terras que possam viver<br />
em vontade comum. Cada um tem o direito sobre a Natureza segundo a lei comum que lhe<br />
confere. Portanto, segundo Spinoza, existe um poder público que é o poder do número, ou<br />
seja, da multidão (multitudo).<br />
4. O Estado Democrático ou o mais natural dos regimes<br />
No Capítulo VI do Tratado Político, Spinoza faz uma investigação sobre os regimes<br />
de governo começando pelo Estado Monárquico. Até o capítulo VII, há um tratamento acerca<br />
dos fundamentos da Monarquia. Como Maquiavel, em O Príncipe, Spinoza esteve atento para<br />
o que a experiência havia mostrado na história da política, assim, para que pudesse analisar os<br />
governos como eles haviam sido de fato com todos os seus conflitos afetivos. Dos Capítulos<br />
VIII ao X, Spinoza trata acerca do Estado Aristocrático. Diferente dos pensadores clássicos<br />
como Aristóteles, Spinoza não começa discursando acerca do melhor regime ao pior dos<br />
regimes, mas, discute antes, como o poder tem sido legitimado nas monarquias, nas<br />
aristocracias e nas tiranias e, por fim, para se pensar numa Democracia.<br />
A rigorosa análise das formas de soberania do filósofo holandês pode nos levar ao<br />
seguinte critério: é possível pensarmos numa melhor forma para cada governo, seja<br />
monárquico, aristocrático e democrático, a fim de que possamos ter a noção menos corrupta<br />
de cada regime. Esta ideia da melhor forma ou o “mal menor”, não consiste numa visão<br />
utópica, mas naquilo que pode ser realizável pela experiência. Assim, Spinoza, nos capítulos<br />
VI e VII, fez um inventário de como a Monarquia poderia ser menos tirânica e absoluta onde<br />
a Potência da Multidão determina sobre os direitos de um Rei. E nos capítulos VIII ao X, o<br />
pensamento sobre a possibilidade de uma melhor forma da Aristocracia governar, ou seja,<br />
sem desigualdades sociais e despotismos por parte dos Patrícios.<br />
<br />
48 SPINOZA, 1983, p. 310.<br />
Seara Filosófica, N. 11, verão, 2015, p. 59-76 ISSN 2177-8698<br />
73<br />
Se na Monarquia havia o risco de um governar todos e na Aristocracia, de poucos<br />
governarem muitos, Spinoza conclui que, a Democracia (absolutum imperium) é o regime<br />
mais apto e propício para quem quer governar e não ser governado, assim, é considerado, pela<br />
experiência, o mais natural dos regimes. Também chamada de Terceiro Estado, Spinoza<br />
explicita a Democracia no inacabado e último capítulo do Tratado Político, o XI, onde faz<br />
uma diferença entre a Democracia e a Aristocracia: naquela, diferente desta, há o direito de<br />
sufrágio universal e a reivindicação de todos pelos seus direitos. Segundo o filósofo holandês,<br />
“[...] o direito de cidadania, todo, repito, têm direito de sufrágio e acesso às junções públicas;<br />
podem reclamar os seus direitos se não lhos pode negar senão por se terem tornados culpados<br />
de um crime, ou marcado de infâmia.<br />
49<br />
”<br />
Mais ainda, na Democracia, ‘‘todos participam do governo (diretamente ou por meio<br />
de representantes), de sorte que, ao obedecer às leis, cada um obedece a si mesmo [sui juris],<br />
pois é autor da legislação’’50. Diferente de outros filósofos, como Hobbes, por exemplo, que<br />
defendia o regime monárquico da época, Spinoza foi o único pensador que via na Democracia<br />
a garantia para realizar a política de todos e de cada um (onde todos desejam governar e não<br />
serem governados). Para Chauí (1995), ‘‘A culpa ou causa geral dos problemas nos regimes<br />
políticos são atribuídos segundo Spinoza, a própria natureza do povo. [...] o poder do<br />
governante depende da renúncia popular aos direitos51<br />
.<br />
Visto que, Spinoza tratara os problemas políticos juntamente com os problemas das<br />
paixões humanas, vemos que não se tratam de ‘‘anjos e demônios’’, mas de seres humanos.<br />
São paixões tristes como a fraqueza e a discórdia que contribuem e que são causas para o<br />
surgimento de regimes políticos como a monarquia, a aristocracia e a tirania. A principal<br />
causa da Monarquia é o medo do povo que se sente desprotegido durante as guerras onde o<br />
Estado e o Rei são os que têm as armas e protege o povo oprimido. A causa da Aristocracia é<br />
a própria desigualdade social causada por classes minoritárias ricas onde o povo fica<br />
encantado e maravilhado com o luxo dos aristocratas (Patrícios), se subordinando<br />
politicamente. Por fim, a causa da Tirania deve-se ao enfraquecimento do conatus coletivo ou<br />
dos direitos do sujeito coletivo amedrontado que deixam serem tomados os direitos pelos<br />
déspotas.<br />
Mas, quando o conatus coletivo é mais forte que o governo, o povo é capaz de<br />
conquistar o poder de reis, nobres e tiranos. Nesta potência coletiva, como vimos, é o poder<br />
<br />
49 SPINOZA, 1983, p. 363<br />
50 CHAUI, 1995, p. 76<br />
51 CHAUI, 1995, p. 77<br />
Seara Filosófica, N. 11, verão, 2015, p. 59-76 ISSN 2177-8698<br />
74<br />
público da multidão (multitudo) que, segundo Spinoza, composto “por todos os cidadãos, o<br />
poder público é chamado democracia’’<br />
52<br />
.<br />
Considerações Finais<br />
Conclui-se que, a democracia, segundo Spinoza, tem se mostrado a mais razoável<br />
forma de governo ainda que haja uma “transferência” (não no sentido contratualista) de<br />
direito ou forças da potência individual (conatus) para uma potência coletiva (multitudo).<br />
Embora Spinoza, talvez por conta da incompletude do Tratado, não tenha tratado de todas as<br />
formas possíveis de regimes democráticos53 (provavelmente tendo como referência o<br />
republicanismo holandês do século XVII), é importante pensar nas consequências de sua<br />
teoria para a democracia representativa atual. A democracia pensada, ontologicamente, é a<br />
potência de todos os modos finitos (os cidadãos) para garantirem a realização de suas<br />
utilidades, ou seja, suas conservações garantidas pelo Direito civil. Segundo Braga (2004), é<br />
possível pensarmos na ideia de uma “Democracia necessária”54<br />
, no sentido de que os cidadãos<br />
existem como potências coletivas que constituem parte da natureza ou Deus.<br />
Spinoza analisou as formas como os regimes políticos se conservavam e constatou a<br />
ideia do Direito natural enquanto Potência (jus sive potentia) ou o próprio conatus individual<br />
que pode ser maior diante da repressão de Estados absolutos onde concentram as potências<br />
num só, se realizado pela potência da multidão (conatus coletivo). Assim, a democracia<br />
aparece na filosofia spinozana como uma tentativa de superar qualquer absolutismo ou<br />
concentração de potências para poucos, pois, na democracia, todos desejam governar e não<br />
ser governados. Os cidadãos vivem sobre honras por possuírem o direito de sufrágio na<br />
assembleia suprema e por terem acesso aos cargos públicos. Mas, se confrontarmos a<br />
democracia no texto de Spinoza com a nossa atualidade, veremos que Spinoza, aos nossos<br />
olhos, está ultrapassado em relação a alguns ideais democráticos como a igualdade e a<br />
liberdade que independe do sexo, da cor ou etnia. Podemos explicitar esta questão no último<br />
<br />
52 SPINOZA, 1983, p. 311<br />
53 “[...] é manifesto que podemos conceber diversos gêneros de democracia; o meu desígnio não é falar de todos<br />
[...]” (SPINOZA, 1983, p.363).<br />
54 “[...] a expressão necessário tem, por um lado, um sentido no sistema espinosano e tem, por outro lado, um<br />
sentido empregado na linguagem cotidiana, segundo o senso comum. Esta expressão, no sentido comum,<br />
significa aquilo que deve ser buscado ou almejado, não o que é segundo uma rede causal dada pelos decretos da<br />
substância em que tudo o que existe se dá.” (BRAGA, 2004, p.131-132). Neste sentido, a democracia necessária,<br />
segundo Braga, não tem o sentido fatalista de um regime político absoluto e irreversível que deve imperar sobre<br />
os homens, mas somente em favor da realização de uma maior potencialidade modal finita, ou seja, da potência<br />
da multidão. Portanto, a democracia (convencionalmente, histórica e cultural entre os homens) tornaria possível<br />
uma maior realização da potência coletiva finita imanente à potência infinita de Deus.<br />
Seara Filosófica, N. 11, verão, 2015, p. 59-76 ISSN 2177-8698<br />
75<br />
parágrafo do incompleto Capítulo XI quando Spinoza fala da exclusão social das mulheres,<br />
dos servidores, das crianças e dos pupilos:<br />
Acrescentai a estas palavras que não estão [os governados pela lei do país] sob a<br />
dominação de um outro para excluir as mulheres e os servidores, que estão sob a<br />
autoridade dos maridos e dos senhores, as crianças e os pupilos, que estão sob a<br />
autoridade dos pais e dos tutores. (SPINOZA, 1983, p.363).<br />
Segundo Braga (2004), o próprio fato de Spinoza ter privado a participação política<br />
destes indivíduos implicaria na impossibilidade de se ter uma liberdade inerente ao exercício<br />
da democracia. Talvez por ser fruto de seu tempo, filósofo do século XVII, ou talvez<br />
justifiquemos pela falta de oportunidade de Spinoza ter concluído (o que tornaria suas ideias<br />
mais claras) o Tratado Politico, mas pelo pouco escrito, foi suficiente para constatar que,<br />
desde seu tempo, a Democracia não atendia à participação máxima dos cidadãos. Neste<br />
sentido, surge o problema de como conciliar a Democracia e estas exclusões sociais55 que<br />
impactam negativamente sobre a liberdade de expressão de algumas minorias já que, para<br />
Spinoza, o fim último do Estado é a liberdade com a garantia da paz e da segurança.<br />
Spinoza defendeu a Democracia, mesmo que, se pensarmos atualmente, ainda haja<br />
uma tendência de se colocar mediocridades no poder democrático56, pois, numa falsa<br />
ideologia ao prometer um governo para o povo e para uma igualdade social e política, a<br />
democracia tem sido tomada por demagogos e minoritários como numa Aristocracia. Os<br />
cidadãos, peças fundamentais para a constituição da potência da multidão, se iludem com<br />
relação à democracia representativa segundo a qual os líderes políticos, sociais e religiosos,<br />
por exemplo, realmente se importam com o bem comum. Assim, somos obrigados durante as<br />
eleições a acreditar num voto direto que fará a diferença o único papel como cidadão para<br />
garantir a participação nos negócios do Estado democrático.<br />
Portanto, podemos pensar num aspecto positivo e negativo da democracia: no<br />
primeiro, se pensarmos como Spinoza, a democracia foi o mais natural dos regimes que<br />
tornou possível a maior força do indivíduo de realizar sua potência e liberdade coletivas. No<br />
segundo aspecto, a democracia, pensada hoje, tem sido uma “pseudo-potência” coletiva, para<br />
<br />
55 “O ponto é: as concepções de democracia, de direito e de Estado, contemporaneamente, são diametralmente<br />
opostas às concepções espinosanas dos mesmos conceitos. Enquanto Espinosa diz que o Estado tem o papel de<br />
garantir a liberdade do cidadão como possibilidade de este exercer sua potência, as concepções do Estado como<br />
poder coercitivo toleram altos níveis de exclusão da liberdade e da participação na riqueza produzida no<br />
momento mesmo em que se dizem democráticos.” (BRAGA, 2004, p.117-118).<br />
56 Uma posição crítica semelhante sobre a democracia será tomada por Braga (2005, p.242): “[...] como se pode<br />
falar em democracia no momento em que grande parte dos cidadãos se vê excluída do corpo político? Faz<br />
sentido que se pense a democracia em uma sociedade dominada pelos interesses das empresas transnacionais, e,<br />
ainda, no caso dos países em desenvolvimento, por políticas econômicas de organismos internacionais?”.<br />
Seara Filosófica, N. 11, verão, 2015, p. 59-76 ISSN 2177-8698<br />
76<br />
todos e ao mesmo tempo para ninguém, pois ainda persiste em concentrar potências nas mãos<br />
de poucos, além da exploração (submissão, servidão, alterius iuris) sobre outras potências.<br />
Esta exploração reflete, nitidamente, a desigualdade social, econômica e política no atual<br />
estágio do capitalismo onde a vida (potência) tem sido diminuída e banalizada.<br />
<br />
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />
CHAUI, Marilena. Espinosa: Uma Filosofia da Liberdade. São Paulo: Moderna, 1995.<br />
______. Política em Espinosa. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.<br />
BRAGA, Luíz Carlos Montans. Democracia necessária: ontologia, direito e liberdade em Espinosa<br />
(Dissertação de Mestrado). Universidade de São Paulo (USP), Departamento de Filosofia e Teoria Geral do<br />
Direito da Faculdade de Direito, 2004.<br />
______. O Direito em Espinosa. Rev. Disc. Jur. Campo Mourão, v. 1, n. 1, p. 213-245, jul./dez. 2005.<br />
______. Trama afetiva da política: uma leitura da filosofia de Espinosa. (Tese de Doutorado). Pontifícia<br />
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), 2015.<br />
DURANT, Will. A História da Filosofia. Tradução e notas: Luiz Carlos do Nascimento Silva. São Paulo: Nova<br />
Cultural, 1999.<br />
SPINOZA, Benedictus de. Correspondência (Cartas Nº 2 4, 9, 10, 12, 21, 32, 34, 35, 36 e 50). In: Espinosa.<br />
Tradução de Marilena de Sousa Chauí. Abril Cultural, 1983. (Col. Os Pensadores).<br />
______. Ethica-Ética. Bilíngue Latim-Português. Tradução de Tomaz Tadeu. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.<br />
3ªed.<br />
______. Tratado Político. In: Espinosa. Tradução de Manuel de Castro. São Paulo: Abril Cultural, 1983. (Col.<br />
Os Pensadores).<br />
RAMOND, Charles. Vocabulário de Espinosa. Tradução: Claudio Beliner. São Paulo: Martins Fontes, 2010.<br />
RIZK, Hadi. Compreender Spinoza. Tradução: Jaime A. Clausen. Petrópolis: Vozes, 2006.<br />
<a href="https://www.blogger.com/goog_1089618992"><br /></a>
<a href="https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/searafilosofica/article/viewFile/6107/5136">https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/searafilosofica/article/viewFile/6107/5136</a><br />
<br />
<br />
<br />
<br />José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5904624921398809296.post-38574981330019221122018-05-09T14:26:00.003-07:002018-05-09T14:26:34.706-07:00Pulsão de vida, pulsão de liberdade: o conceito de conatus na ética de Spinoza<div id="articleTitle" style="background-color: white; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11.2px;">
<h3 style="font-family: Georgia, "Times New Roman", Times, serif; font-size: 1.8em; font-weight: normal; margin: 0em 1em 0.25em 0em; padding-top: 0.75em;">
<br /></h3>
</div>
<div id="authorString" style="background-color: white; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11.2px;">
<em>André Luis Bonfim</em></div>
<br style="background-color: white; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11.2px;" />
<div id="articleAbstract" style="background-color: white; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11.2px;">
<h4 style="font-family: Georgia, "Times New Roman", Times, serif; font-size: 1.5em; font-weight: normal; margin: 0.75em 1em 0.25em 0em;">
Resumo</h4>
<br /><div>
Com o presente trabalho temos como objetivo explicitar um conceito central na Ética, de Espinosa: o conatus. Nossa estratégia consiste em evidenciar, a partir de uma análise do percurso do conatus no Livro III da presente obra, que a explicitação de tal conceito é fundamental para compreensão de um tema que, como vários comentadores do racionalista já destacaram, é o centro em torno do qual Espinosa escreve sua obra capital: a liberdade. Segundo a perspectiva espinosana, o homem, embora esteja sempre necessariamente sujeito às paixões e à força das causas exteriores (afecções), ou seja, à servidão, pode vir a tornar-se livre, visto que o mesmo é dotado de conatus, isto é, um esforço para perseverar na sua existência. Pretendemos evidenciar que o conatus pode ser entendido em termos de uma pulsão de vida e que tem por corolário ser a alternativa para o homem entre liberdade e servidão.</div>
</div>
<span style="background-color: white; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11.2px;">Texto completo: </span><a class="file" href="http://www.uvanet.br/helius/index.php/helius/article/view/47/36" style="background-color: white; color: grey; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 0.85em; text-transform: uppercase;" target="_parent">PDF</a><br />
<br />
<a href="http://www.uvanet.br/helius/index.php/helius/article/view/47">http://www.uvanet.br/helius/index.php/helius/article/view/47</a>José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5904624921398809296.post-21888299677481637712018-05-09T14:18:00.001-07:002018-05-09T14:18:16.269-07:00Cristiano Rezende, filósofo, estudioso de Spinoza<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="heading -likeH3" style="background-color: #f9f9f9; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Gotham, "Gotham SSm A", "Gotham SSm B", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1.375rem; font-weight: 700; letter-spacing: -0.64px; line-height: 1.09091; margin-bottom: 1.5rem; padding: 0px;">
Acadêmico</div>
<div class="box -flush inline-edit-main-box" id="formacao" style="background-color: #f9f9f9; box-sizing: inherit; padding: 0px; position: relative;">
<div class="inline-edit-box" style="box-sizing: inherit; clear: both; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px;">
<div class="infoMsg _pull-r" style="box-sizing: inherit; color: rgba(0, 0, 0, 0.8); cursor: default; display: inline-block; float: right !important; font-family: Gotham, "Gotham SSm A", "Gotham SSm B", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.64px;">
<div class="wrap-float-child" style="box-sizing: inherit; display: table;">
<svg class="svg-icon -right -x32"><use xlink:href="/assets/svg/user/icons.svg?id=e8f55e214ca743e88210#svg-escavador-logo-pequeno"><svg height="100%" id="svg-escavador-logo-pequeno" viewbox="209.7 289.2 155.7 100.4" width="100%"><path d="M215.7 289.2l5.1 7.6c.3.4.8.7 1.2.8l44 8.1c.3 0 .7.2 1 .4l14.8 13c-4.4 5.8-6.8 12.4-8.5 19.2L258.6 318c-.3-.5-.8-.8-1.2-1l-30.6-9.4 1 52.6c0 .3.2.5.3.6l14.2 13.2.2.3c3.2 1.5 6.6 2.6 10.1 2 1 0 1.8-.6 2.7-1 .3.5.2 1-.3 1.5-1.3 1.5-3 2.3-4.8 3-3 1-6.4 1.6-9.7 2-5.8.7-11.5.8-17.2.6-2.6 0-5.1-1-6.9-2.5-2.7-2-3.7-5.1-3.8-8.5s.6-6.8 1.8-9.9c1-3 2.4-6.1 3.7-9.1l1.5 1.2h.2l-.6-4-9.5-58.4 5.7-1.7.3-.3zm59.9 100.4c-.6 0-1.2-.2-1.7-.4-6.1-1.6-10.1-7.6-9.5-13.7.8-6.8 6.1-11.6 12.8-11.6h75.5c6.4 0 11.6 4.7 12.7 10.9v3.8c-1 5.6-4 9.1-9.4 10.6l-1.8.4c-26.3-.2-52.3-.2-78.4-.2l-.2.2zm76.9-4.6c5.1 0 8.7-4.7 7.9-9.5-.7-4-4-6.9-8.3-6.9h-75.6c-4 .2-7.6 3.7-7.7 7.8 0 4.8 3.5 8.6 8.3 8.6h75.6-.2z"></path><path d="M359.4 334.5v22.7h-24.3v5.3h-35.4V357h-18.2c-.8 0-6.1-1.7-7.7-2.4-.3 0-.6-.5-.6-.7-.3-10.3 1.5-20.2 6.5-29.4 2.4-4.3 5.3-8.1 9.1-11.3.3-.2.7-.5 1-.5h20.7l3.3 21.6h45.6v.2zm-53-17.2h-15c-.3 0-.6.3-.8.5-1.6 2-3.4 3.8-4.9 5.9-5.3 7.8-7.5 16.6-7.9 26 0 2-.4 1.4 1.5 2 .8.4 1 .2 1-.6v-4.8c0-.3.3-.8.6-1l15.7-10.6c.3-.2.7-.3 1-.3h7.8c1 0 2-.2 2.8-.8.5-.3.6-.7.5-1.2l-.8-5.3-1.5-9.7v-.1zm-20.1 62.4v-6.5h5.5c.5 0 .8-.2 1.2-.5a6.1 6.1 0 0 1 8.8 0c.3.4.7.6 1 .6h7.1c.4 0 1-.2 1-.5 2.6-2.5 6.5-2.5 9.1 0 0 .3.5.5 1 .5h6.5c.4 0 1-.2 1-.5 2.6-2.6 6.5-2.6 9.1 0 .2.3.6.5 1 .5h5.4v6.5h-5c-.3 0-.8 0-1 .4-2.5 3.2-7.1 3.2-9.6 0-.3-.4-.6-.5-1-.5h-6c-.4 0-.7 0-1 .4-2.4 3.3-7.1 3.3-9.6 0-.3-.4-.5-.5-1-.5h-6.6c-.2 0-.6 0-.8.4-2.5 3.3-7.3 3.3-9.7 0-.3-.4-.6-.5-1-.5h-5.3v.2h-.1zm-2.9-3c0 3.3-2.7 6.1-6.1 6.1-3.2 0-5.9-2.7-5.9-6.1 0-3.2 2.7-5.9 6.1-5.9 3.2 0 5.9 2.6 5.9 6.1v-.2zm-6.1-2.3c-1.2 0-2.2 1-2.2 2.3s1 2.3 2.3 2.3 2.3-1 2.3-2.3c.1-1.2-1-2.3-2.4-2.3zm80.5 2.3c0 3.2-2.5 6.1-5.9 6.1s-6.1-2.7-6.1-6.1c0-3.2 2.8-6.1 6.1-6.1s6.1 2.8 6.1 6.1h-.2zm-5.9 2.3c1.3 0 2.3-1 2.3-2.3s-1-2.3-2.3-2.3-2.3 1-2.3 2.3 1 2.3 2.3 2.3z"></path></svg></use></svg></div>
</div>
<div class="heading -subtitle" style="border-bottom: 1px solid rgb(221, 221, 221); box-sizing: inherit; color: #666666; font-family: Gotham, "Gotham SSm A", "Gotham SSm B", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 0.875rem; font-weight: 700; letter-spacing: -0.64px; line-height: 1.71429; margin-bottom: 1.5rem; margin-top: 6px; padding: 0px 0px 6px; text-transform: uppercase;">
FORMAÇÃO ACADÊMICA</div>
<div class="list-inline inline-edit-content row" data-return-html="true" data-template-name="formacao" data-use-template="true" style="box-sizing: inherit; list-style: none; margin: 0px -12px; padding: 0px;">
<div class="col-sm-6 inline-edit-item-box clearfix-box" style="box-sizing: inherit; clear: both; float: left; min-height: 1px; padding-left: 12px; padding-right: 12px; position: relative; width: 350px;">
<div class="heading -likeH5 inline-edit-item inline-edit-item-formacao" style="box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Gotham, "Gotham SSm A", "Gotham SSm B", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1rem; letter-spacing: -0.64px; line-height: 1.5; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
Doutorado em Filosofia</div>
<div class="heading -likeH5 inline-edit-item" style="box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Gotham, "Gotham SSm A", "Gotham SSm B", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1rem; letter-spacing: -0.64px; line-height: 1.5; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
2004 - 2009</div>
<div style="box-sizing: inherit; color: rgba(0, 0, 0, 0.8); font-family: Gotham, "Gotham SSm A", "Gotham SSm B", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.64px; margin-bottom: 1.5rem; padding: 0px;">
<a class="link -color" href="https://www.escavador.com/sobre/24537597/universidade-de-sao-paulo" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; box-sizing: inherit; color: #00ac46; text-decoration-line: none; transition: color 0.3s;"><span class="icon iconInstituto" style="box-sizing: inherit;"></span>Universidade de São Paulo </a><br style="box-sizing: inherit;" />Título: Intellectus Fabrica: Um ensaio sobre a teoria da definição no Tractatus De Intellectus Emendatione de Espinosa<br style="box-sizing: inherit;" /><span class="inline-edit-item-outros-dados" style="box-sizing: inherit;">Luiz Henrique Lopes dos Santos. Palavras-chave: Filosofia; Espinosa; intelecto; imanência; lógica; definição. Grande área: Ciências HumanasGrande Área: Ciências Humanas / Área: Filosofia / Subárea: Lógica. Grande Área: Ciências Humanas / Área: Filosofia / Subárea: Epistemologia.</span></div>
<div style="box-sizing: inherit; color: rgba(0, 0, 0, 0.8); font-family: Gotham, "Gotham SSm A", "Gotham SSm B", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.64px; margin-bottom: 1.5rem; padding: 0px;">
<span class="inline-edit-item-outros-dados" style="box-sizing: inherit;"><br /></span></div>
<div style="box-sizing: inherit; color: rgba(0, 0, 0, 0.8); font-family: Gotham, "Gotham SSm A", "Gotham SSm B", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.64px; margin-bottom: 1.5rem; padding: 0px;">
Mais sobre a biografia do filósofo</div>
<div style="box-sizing: inherit; color: rgba(0, 0, 0, 0.8); font-family: Gotham, "Gotham SSm A", "Gotham SSm B", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.64px; margin-bottom: 1.5rem; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="box-sizing: inherit; margin-bottom: 1.5rem; padding: 0px;">
<span style="color: rgba(0, 0, 0, 0.8); font-family: Gotham, Gotham SSm A, Gotham SSm B, Helvetica Neue, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="letter-spacing: -0.64px;">https://www.escavador.com/sobre/3949177/cristiano-novaes-de-rezende</span></span></div>
<div style="box-sizing: inherit; margin-bottom: 1.5rem; padding: 0px;">
<span style="color: rgba(0, 0, 0, 0.8); font-family: Gotham, Gotham SSm A, Gotham SSm B, Helvetica Neue, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="letter-spacing: -0.64px;"><br /></span></span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5904624921398809296.post-91942526272528652342018-05-09T14:16:00.000-07:002018-05-09T14:16:01.859-07:00Lista de livros Spinoza<br />
<br />
<a href="http://www.filosofia.ufc.br/documentos/artigos-revista/spinoza.pdf">http://www.filosofia.ufc.br/documentos/artigos-revista/spinoza.pdf</a>José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5904624921398809296.post-62999329915713386022018-05-09T14:14:00.001-07:002018-05-09T14:14:32.763-07:00Livro sobre conatusO conatus de Spinoza: autoconservação ou liberdade?<br />
<br />
<a href="http://livrozilla.com/doc/1477182/o-conatus-de-spinoza--auto-conserva%C3%A7%C3%A3o-ou-liberdade%3F">http://livrozilla.com/doc/1477182/o-conatus-de-spinoza--auto-conserva%C3%A7%C3%A3o-ou-liberdade%3F</a>José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5904624921398809296.post-49056392123841656152018-05-01T08:51:00.001-07:002018-05-01T08:51:31.462-07:00Spin Conatus....a vida...a força vital...<span style="background-color: #f3f3f3; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 19.8px;">Som na caixa!!! ....caso o video postado pelo spin filósofo Cristiano Novaes de Rezende não abra...aqui o link</span><br style="background-color: #f3f3f3; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 19.8px;" /><br style="background-color: #f3f3f3; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 19.8px;" /><a href="https://www.facebook.com/UhullSA/videos/1927064243995134/?hc_ref=ARQte1jK3jz3Oz44QL1qzuci7Es4V0AJkAeQvFSLQ4h_vrtiaOXu_G37DaWIBFxlSkc" style="background-color: #f3f3f3; color: #990000; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 19.8px; text-decoration-line: none;">https://www.facebook.com/UhullSA/videos/1927064243995134/?hc_ref=ARQte1jK3jz3Oz44QL1qzuci7Es4V0AJkAeQvFSLQ4h_vrtiaOXu_G37DaWIBFxlSkc</a><br />
<div class="_1dwg _1w_m _q7o" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; padding: 12px 12px 0px;">
<div style="font-family: inherit;">
<div class="i_10cruo3-xp q_10crunzzci clearfix" style="font-family: inherit; margin-bottom: -1px; zoom: 1;">
<div class="clearfix l_10cruo40rs" style="font-family: inherit; margin-bottom: -6px; zoom: 1;">
<a aria-hidden="true" class="_5pb8 c_10crunzzcd _8o _8s lfloat _ohe" data-ft="{"tn":"m"}" data-hovercard-prefer-more-content-show="1" data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=1325203916" href="https://www.facebook.com/cristiano.novaesderezende?fref=nf" style="color: #365899; cursor: pointer; display: block; float: left; font-family: inherit; margin-right: 8px; padding-bottom: 3px; text-decoration-line: none;" tabindex="-1" target=""></a><br /><div class="_38vo" style="font-family: inherit; position: relative;">
<div style="font-family: inherit;">
<a aria-hidden="true" class="_5pb8 c_10crunzzcd _8o _8s lfloat _ohe" data-ft="{"tn":"m"}" data-hovercard-prefer-more-content-show="1" data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=1325203916" href="https://www.facebook.com/cristiano.novaesderezende?fref=nf" style="color: #365899; cursor: pointer; display: block; float: left; font-family: inherit; margin-right: 8px; padding-bottom: 3px; text-decoration-line: none;" tabindex="-1" target=""><img alt="" aria-label="Cristiano Novaes de Rezende" class="_s0 _4ooo _5xib _5sq7 _44ma _rw img" role="img" src="https://scontent.fgyn3-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-1/p50x50/31603782_10216417656417049_5228032418316812288_n.jpg?_nc_cat=0&oh=414db2a5dfdc90ee8853af36fbc71155&oe=5B95A503" style="border-radius: 50%; border: 0px; display: block; height: 40px; overflow: hidden; position: relative; width: 40px;" /></a></div>
</div>
<a aria-hidden="true" class="_5pb8 c_10crunzzcd _8o _8s lfloat _ohe" data-ft="{"tn":"m"}" data-hovercard-prefer-more-content-show="1" data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=1325203916" href="https://www.facebook.com/cristiano.novaesderezende?fref=nf" style="color: #365899; cursor: pointer; display: block; float: left; font-family: inherit; margin-right: 8px; padding-bottom: 3px; text-decoration-line: none;" tabindex="-1" target=""></a><div class="clearfix _42ef" style="font-family: inherit; overflow: hidden; zoom: 1;">
<div class="rfloat _ohf" style="float: right; font-family: inherit;">
</div>
<div class="f_10cruo40rn" style="font-family: inherit; padding-bottom: 6px;">
<div style="font-family: inherit;">
<div class="_6a _5u5j" style="display: inline-block; font-family: inherit; width: 444.028px;">
<div class="_6a _6b" style="display: inline-block; font-family: inherit; height: 40px; vertical-align: middle;">
</div>
<div class="_6a _5u5j _6b" style="display: inline-block; font-family: inherit; vertical-align: middle; width: 444.028px;">
<h5 class="_14f3 _14f5 _5pbw _5vra" data-ft="{"tn":"C"}" id="js_185" style="font-family: inherit; font-size: 14px; font-weight: normal; line-height: 1.38; margin: 0px 0px 2px; padding: 0px 22px 0px 0px;">
<span class="fwn fcg" style="color: #616770; font-family: inherit;"><span class="fwb" style="font-family: inherit; font-weight: 600;"><a class="profileLink" data-ft="{"tn":"l"}" data-hovercard-prefer-more-content-show="1" data-hovercard-referer="ARQte1jK3jz3Oz44QL1qzuci7Es4V0AJkAeQvFSLQ4h_vrtiaOXu_G37DaWIBFxlSkc" data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=1325203916&extragetparams=%7B%22hc_ref%22%3A%22ARQte1jK3jz3Oz44QL1qzuci7Es4V0AJkAeQvFSLQ4h_vrtiaOXu_G37DaWIBFxlSkc%22%7D" href="https://www.facebook.com/cristiano.novaesderezende?hc_ref=ARQte1jK3jz3Oz44QL1qzuci7Es4V0AJkAeQvFSLQ4h_vrtiaOXu_G37DaWIBFxlSkc" style="color: #365899; cursor: pointer; font-family: inherit; text-decoration-line: none;">Cristiano Novaes de Rezende</a></span> compartilhou um <a class="profileLink" data-ft="{"tn":"F"}" href="https://www.facebook.com/UhullSA/videos/1927064243995134/?hc_ref=ARQte1jK3jz3Oz44QL1qzuci7Es4V0AJkAeQvFSLQ4h_vrtiaOXu_G37DaWIBFxlSkc" style="color: #365899; cursor: pointer; font-family: inherit; text-decoration-line: none;">vídeo</a>.</span></h5>
<div class="_5pcp _5lel _2jyu _232_" id="feed_subtitle_1325203916:-4094462818179949184" style="color: #616770; font-family: inherit; position: relative;">
<span class="y_10cruo3t41 z_10crun_bon" data-ft="{"tn":"j"}" style="font-family: inherit;"></span><span style="font-family: inherit;"><span class="fsm fwn fcg" style="color: #90949c; font-family: inherit;"><a class="_5pcq" href="https://www.facebook.com/cristiano.novaesderezende/posts/10216425291967933" style="color: #616770; cursor: pointer; font-family: inherit; text-decoration-line: none;" target="">8 h</a></span></span><span aria-hidden="true" role="presentation" style="font-family: inherit;"> · </span><br /><div aria-label="Compartilhado com: Amigos de Cristiano" class="_6a _29ee _4f-9 _43_1" data-hover="tooltip" data-tooltip-content="Compartilhado com: Amigos de Cristiano" id="js_5fi" role="img" style="display: inline-block; font-family: inherit; padding: 3px 0px; position: relative; vertical-align: middle;">
<span style="font-family: inherit;"><i class="_1lbg img sp_bwn2ZGoSKer sx_065e7a" style="background-image: url("/rsrc.php/v3/yj/r/E6ILKRlsxpN.png"); background-position: -51px -211px; background-repeat: no-repeat; background-size: auto; display: block; height: 12px; margin-top: -1px; width: 12px;"></i></span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<div class="userContent" style="font-family: inherit;">
</div>
<div class="_3x-2" data-ft="{"tn":"H"}" style="font-family: inherit;">
<div data-ft="{"tn":"H"}" style="font-family: inherit;">
</div>
<div style="font-family: inherit;">
<div class="_5r69 _sds _1hvl" style="border-bottom: 1px solid rgb(229, 229, 229); font-family: inherit; max-width: initial; padding-bottom: 12px;">
<div class="mts" style="font-family: inherit; margin-top: 5px;">
<div data-ft="{"tn":"H"}" style="font-family: inherit;">
<div class="mtm" style="font-family: inherit; margin-top: 10px;">
<div class="_6m2 _1zpr clearfix _dcs _4_w4 _6m8 _59ap" data-ft="{"tn":"H"}" id="u_fetchstream_3_1r" style="box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.15) 0px 0px 0px 1px inset, rgba(0, 0, 0, 0.1) 0px 1px 4px; font-family: inherit; max-width: max-content; overflow: hidden; position: relative; z-index: 0; zoom: 1;">
<div class="clearfix _2r3x" style="font-family: inherit; zoom: 1;">
<div class="lfloat _ohe" style="float: left; font-family: inherit; width: 492.014px;">
<img class="_3chq" src="https://scontent.fgyn3-1.fna.fbcdn.net/v/t15.0-10/27866111_1927066760661549_6611031906471378944_n.jpg?_nc_cat=0&oh=cb7d23adac7a88d57a1562f64603f0a7&oe=5B565955" style="border: 0px; bottom: 0px; font-family: inherit; height: 276.667px; left: 0px; opacity: 0.6; position: absolute; right: 0px; top: 0px; transform: scale(1.1); width: 492.014px; z-index: 0;" /><span class="_3m6-" style="font-family: inherit;"></span><br /><span class="_3m6-" style="font-family: inherit;"></span><div class="_3ekx _29_4" data-ft="{"tn":"H"}" style="font-family: inherit; position: relative;">
</div>
<span class="_3m6-" style="font-family: inherit;"></span></div>
<div class="_42ef" style="font-family: inherit; overflow: hidden;">
<span class="_3c21" style="font-family: inherit;"></span></div>
</div>
</div>
<div class="_2ezg" style="font-family: inherit;">
<div class="clearfix _3-8n" style="font-family: inherit; margin-bottom: 8px; margin-top: 8px; zoom: 1;">
<div class="lfloat _ohe _50f8" style="color: #90949c; float: left; font-family: inherit;">
819.129 visualizações</div>
<div class="rfloat _ohf" style="float: right; font-family: inherit;">
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<div class="mtm _5pcm" style="border-left: 2px solid rgb(204, 204, 204); font-family: inherit; margin-top: 10px; padding-left: 10px;">
<span class="_1nb_ fwn fcg" data-ft="{"tn":"C"}" style="color: #90949c; font-family: inherit;"><span class="fwb" data-ft="{"tn":"k"}" style="font-family: inherit; font-weight: 600;"><a data-hovercard-prefer-more-content-show="1" data-hovercard-referer="ARTMoEUs1Bcj1cRqLdwfV5KJosilrQs3_z6DpMOH-YoP7Fr0rtc1HebSPp1VccNpZjg" data-hovercard="/ajax/hovercard/page.php?id=150049451696631&extragetparams=%7B%22hc_ref%22%3A%22ARTMoEUs1Bcj1cRqLdwfV5KJosilrQs3_z6DpMOH-YoP7Fr0rtc1HebSPp1VccNpZjg%22%2C%22fref%22%3A%22nf%22%7D" href="https://www.facebook.com/UhullSA/?hc_ref=ARTMoEUs1Bcj1cRqLdwfV5KJosilrQs3_z6DpMOH-YoP7Fr0rtc1HebSPp1VccNpZjg&fref=nf" style="color: #365899; cursor: pointer; font-family: inherit; text-decoration-line: none;">Uhull SA</a></span></span><span class="uiLikePageButton _47we" id="u_fetchstream_3_2d" style="float: right; font-family: inherit; margin: 0px 20px 0px 0px;"><button class="_42ft _4jy0 PageLikeButton _4jy3 _517h _51sy" data-ft="{"type":28,"tn":"c"}" data-ownerid="u_fetchstream_3_2d" data-profileid="150049451696631" id="u_fetchstream_3_34" style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: #f6f7f9; border-color: rgb(206, 208, 212); border-radius: 2px; border-style: solid; border-width: 1px; box-sizing: content-box; color: #4b4f56; cursor: pointer; font-family: inherit; font-size: 12px; font-weight: bold; justify-content: center; line-height: 22px; margin: 0px; padding: 0px 8px; position: relative; transition: background-color 200ms cubic-bezier(0.08, 0.52, 0.52, 1), box-shadow 200ms cubic-bezier(0.08, 0.52, 0.52, 1), transform 200ms cubic-bezier(0.08, 0.52, 0.52, 1); vertical-align: middle; white-space: nowrap;" type="submit" value="1"><i class="_3-8_ img sp_8vM4MpfQUM2 sx_244563" style="background-image: url("/rsrc.php/v3/yf/r/Itjx0RnmUb3.png"); background-position: -17px -81px; background-repeat: no-repeat; background-size: auto; bottom: 1px; display: inline-block; height: 16px; margin-right: 4px; position: relative; vertical-align: middle; width: 16px;"></i>Curtir Página</button></span><br /><div class="_171_" style="font-family: inherit; padding-right: 80px;">
<div class="_5pcp _5lel _2jyu _232_" id="feed_subtitle_1927064243995134:4:0" style="color: #616770; font-family: inherit; position: relative;">
<span style="font-family: inherit;"><span class="fsm fwn fcg" style="color: #90949c; font-family: inherit;"><a ajaxify="#" aria-label="Vídeo, Fã pintado de Kiss deixa Dave Grohl maluco!, Duração: 7 minutos, 5 segundos" class="async_saving _400z _2-40 _5pcq" data-channel-caller="channel_view_from_user_timeline" data-onclick="[["TahoeController","openFromVideoLinkHelper",{"__elem":1},"user_timeline","unknown",null]]" data-video-channel-id="150049451696631" href="https://www.facebook.com/UhullSA/videos/1927064243995134/" rel="async" style="color: #616770; cursor: pointer; font-family: inherit; text-decoration-line: none;" target="">23 de abril às 17:04</a></span></span><span aria-hidden="true" role="presentation" style="font-family: inherit;"> · </span><a aria-label="Público" class="uiStreamPrivacy inlineBlock fbStreamPrivacy fbPrivacyAudienceIndicator _5pcq" data-hover="tooltip" data-tooltip-content="Público" href="https://www.facebook.com/cristiano.novaesderezende#" role="button" style="color: #616770; cursor: pointer; display: inline-block; font-family: inherit; text-decoration-line: none; vertical-align: middle; zoom: 1;"><i class="lock img sp_8vM4MpfQUM2 sx_dd56cf" style="background-image: url("/rsrc.php/v3/yf/r/Itjx0RnmUb3.png"); background-position: 0px -98px; background-repeat: no-repeat; background-size: auto; bottom: -1px; display: inline-block; height: 12px; margin-bottom: -5px; position: relative; vertical-align: top; width: 12px;"></i></a></div>
</div>
<div class="mtm _5pco" data-ft="{"tn":"K"}" style="color: #666666; font-family: inherit; margin-top: 10px;">
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Fã com o rosto pintado de Kiss detona em show do Foo Fighters e deixa Dave Grohl de boca aberta!</div>
<div style="font-family: inherit; margin-top: 1em;">
Dave, obrigado por salvar essa juventude! O Rock pra sempre <span class="_5mfr _47e3" style="font-family: inherit; line-height: 0; margin: 0px 1px; vertical-align: middle;"><img alt="" class="img" height="16" role="presentation" src="https://static.xx.fbcdn.net/images/emoji.php/v9/f38/1/16/1f918.png" style="border: 0px; vertical-align: -3px;" width="16" /><span class="_7oe" style="display: inline-block; font-family: inherit; font-size: 0px; width: 0px;">🤘</span></span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<div style="font-family: inherit;">
</div>
</div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px;">
<form action="https://www.facebook.com/ajax/ufi/modify.php" class="commentable_item" data-ft="{"tn":"]"}" id="u_fetchstream_3_24" method="post" rel="async" style="margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="_sa_ _gsd _fgm _5vsi _192z" style="color: #90949c; font-family: inherit; margin-top: 0px; padding-bottom: 4px; position: relative;">
<div class="_37uu" style="font-family: inherit;">
<div style="font-family: inherit;">
<div class="_57w" style="font-family: inherit;">
<div class="_3399 _a7s _20h6 _610i _610j _125r clearfix _zw3" style="border: none; clear: both; display: flex; font-family: inherit; margin: 0px 12px -4px; padding-bottom: 4px; padding-top: 4px; zoom: 1;">
<div class="_524d" style="flex-grow: 1; font-family: inherit; order: 1;">
<div class="_42nr _1mtp" style="display: flex; flex-direction: row; font-family: inherit;">
<span class="_1mto" style="display: flex; font-family: inherit; height: 32px;"></span><br /><div class="_khz _4sz1 _4rw5 _3wv2" style="display: flex; font-family: inherit; height: 32px; justify-content: center; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; white-space: nowrap; width: 164.01px;">
<span class="_1mto" style="display: flex; font-family: inherit; height: 32px;"><a aria-pressed="true" class="UFILikeLink _4x9- _4x9_ _48-k UFILinkBright" data-testid="fb-ufi-unlikelink" href="https://www.facebook.com/cristiano.novaesderezende#" id="js_1ts" role="button" style="align-items: center; color: #4080ff; cursor: pointer; display: flex; font-family: inherit; font-size: 13px; font-weight: 600; height: 32px; justify-content: center; line-height: 14px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px 2px; position: relative; text-decoration-line: none; transition: filter 400ms cubic-bezier(0.08, 0.52, 0.52, 1), transform 400ms cubic-bezier(0.08, 0.52, 0.52, 1); width: 160.017px; z-index: 6;" tabindex="0">Curtir</a></span><br /><div class="_2r6l accessible_elem" style="clip: rect(1px, 1px, 1px, 1px); font-family: inherit; height: 1px; left: 0px; overflow: hidden; position: absolute; top: 0px; width: 1px;">
<div class="_1oxj uiLayer hidden_elem" style="font-family: inherit; left: 346px; opacity: 1; outline: none; position: absolute; top: 2729px; z-index: 301;">
<div class="_49v-" style="bottom: 0px; font-family: inherit; font-size: 0px; left: -29px; line-height: 0; position: absolute;">
<div class="_1oxk" height="52" style="background: none; border-radius: 0px; box-shadow: none; font-family: inherit; padding: 5px 10px;">
<div aria-label="Reações" class="_iu- _628b _1ef3" data-testid="UFIReactionsMenu" role="toolbar" style="font-family: inherit; margin-top: 32px; padding: 2px;">
<span class="_1mto" style="display: flex; font-family: inherit; height: 32px;"><span aria-label="Curtir" aria-pressed="true" class="_iuw" data-testid="reaction_1" href="#" role="button" style="animation-iteration-count: 1; animation-timing-function: linear; backface-visibility: hidden; cursor: pointer; display: inline-block; font-family: inherit; height: 48px; margin: 0px; outline: none; position: relative; transform-origin: 50% 100% 0px; transform: scale(1, 1) translateY(0.0001px); vertical-align: bottom; width: 48px; z-index: 2;" tabindex="0"></span></span><br /><div class="_39m _1ef2" data-reaction="1" style="display: inline-block; font-family: inherit; left: 5px; position: relative; top: 4px;">
<div class="_39n" style="font-family: inherit; transform: scale(1) translate(0px, 0px); transition: transform 200ms ease;">
<div class="_1ef0" style="display: inline-block; font-family: inherit;">
<span class="_1mto" style="display: flex; font-family: inherit; height: 32px;"><span aria-label="Curtir" aria-pressed="true" class="_iuw" data-testid="reaction_1" href="#" role="button" style="animation-iteration-count: 1; animation-timing-function: linear; backface-visibility: hidden; cursor: pointer; display: inline-block; font-family: inherit; height: 48px; margin: 0px; outline: none; position: relative; transform-origin: 50% 100% 0px; transform: scale(1, 1) translateY(0.0001px); vertical-align: bottom; width: 48px; z-index: 2;" tabindex="0"><canvas height="39" style="height: 39px; width: 39px;" width="39"></canvas></span></span></div>
<div class="_d6l" style="font-family: inherit; left: 19.4965px; position: absolute; text-align: center; top: -28px; transform: translate(-50%, 4px) scale(0.8125);">
<div class="_4sm1" style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.75); border-radius: 10px; box-sizing: border-box; color: white; display: inline-block; font-family: inherit; font-size: 12px; font-weight: bold; line-height: 20px; max-width: 100%; opacity: 0; overflow: hidden; padding: 0px 8px; text-overflow: ellipsis; transition: opacity 50ms ease; user-select: none;">
<span class="_1mto" style="display: flex; font-family: inherit; height: 32px;"><span aria-label="Curtir" aria-pressed="true" class="_iuw" data-testid="reaction_1" href="#" role="button" style="animation-iteration-count: 1; animation-timing-function: linear; backface-visibility: hidden; cursor: pointer; display: inline-block; font-family: inherit; height: 48px; margin: 0px; outline: none; position: relative; transform-origin: 50% 100% 0px; transform: scale(1, 1) translateY(0.0001px); vertical-align: bottom; width: 48px; z-index: 2;" tabindex="0">Curtir</span></span></div>
</div>
</div>
</div>
<span class="_1mto" style="display: flex; font-family: inherit; height: 32px;"><span aria-label="Curtir" aria-pressed="true" class="_iuw" data-testid="reaction_1" href="#" role="button" style="animation-iteration-count: 1; animation-timing-function: linear; backface-visibility: hidden; cursor: pointer; display: inline-block; font-family: inherit; height: 48px; margin: 0px; outline: none; position: relative; transform-origin: 50% 100% 0px; transform: scale(1, 1) translateY(0.0001px); vertical-align: bottom; width: 48px; z-index: 2;" tabindex="0"></span><span aria-label="Amei" aria-pressed="false" class="_iuw" data-testid="reaction_2" href="#" role="button" style="animation-iteration-count: 1; animation-timing-function: linear; backface-visibility: hidden; cursor: pointer; display: inline-block; font-family: inherit; height: 48px; margin: 0px; outline: none; position: relative; transform-origin: 50% 100% 0px; transform: scale(1, 1) translateY(0.0001px); vertical-align: bottom; width: 48px; z-index: 2;" tabindex="-1"></span></span><div class="_39m _1ef2" data-reaction="2" style="display: inline-block; font-family: inherit; left: 5px; position: relative; top: 4px;">
<div class="_39n" style="font-family: inherit; transform: scale(1) translate(0px, 0px); transition: transform 200ms ease;">
<div class="_1ef0" style="display: inline-block; font-family: inherit;">
<span class="_1mto" style="display: flex; font-family: inherit; height: 32px;"><span aria-label="Amei" aria-pressed="false" class="_iuw" data-testid="reaction_2" href="#" role="button" style="animation-iteration-count: 1; animation-timing-function: linear; backface-visibility: hidden; cursor: pointer; display: inline-block; font-family: inherit; height: 48px; margin: 0px; outline: none; position: relative; transform-origin: 50% 100% 0px; transform: scale(1, 1) translateY(0.0001px); vertical-align: bottom; width: 48px; z-index: 2;" tabindex="-1"><canvas height="39" style="height: 39px; width: 39px;" width="39"></canvas></span></span></div>
<div class="_d6l" style="font-family: inherit; left: 19.4965px; position: absolute; text-align: center; top: -28px; transform: translate(-50%, 4px) scale(0.8125);">
<div class="_4sm1" style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.75); border-radius: 10px; box-sizing: border-box; color: white; display: inline-block; font-family: inherit; font-size: 12px; font-weight: bold; line-height: 20px; max-width: 100%; opacity: 0; overflow: hidden; padding: 0px 8px; text-overflow: ellipsis; transition: opacity 50ms ease; user-select: none;">
<span class="_1mto" style="display: flex; font-family: inherit; height: 32px;"><span aria-label="Amei" aria-pressed="false" class="_iuw" data-testid="reaction_2" href="#" role="button" style="animation-iteration-count: 1; animation-timing-function: linear; backface-visibility: hidden; cursor: pointer; display: inline-block; font-family: inherit; height: 48px; margin: 0px; outline: none; position: relative; transform-origin: 50% 100% 0px; transform: scale(1, 1) translateY(0.0001px); vertical-align: bottom; width: 48px; z-index: 2;" tabindex="-1">Amei</span></span></div>
</div>
</div>
</div>
<span class="_1mto" style="display: flex; font-family: inherit; height: 32px;"><span aria-label="Amei" aria-pressed="false" class="_iuw" data-testid="reaction_2" href="#" role="button" style="animation-iteration-count: 1; animation-timing-function: linear; backface-visibility: hidden; cursor: pointer; display: inline-block; font-family: inherit; height: 48px; margin: 0px; outline: none; position: relative; transform-origin: 50% 100% 0px; transform: scale(1, 1) translateY(0.0001px); vertical-align: bottom; width: 48px; z-index: 2;" tabindex="-1"></span><span aria-label="Haha" aria-pressed="false" class="_iuw" data-testid="reaction_4" href="#" role="button" style="animation-iteration-count: 1; animation-timing-function: linear; backface-visibility: hidden; cursor: pointer; display: inline-block; font-family: inherit; height: 48px; margin: 0px; outline: none; position: relative; transform-origin: 50% 100% 0px; transform: scale(1, 1) translateY(0.0001px); vertical-align: bottom; width: 48px; z-index: 2;" tabindex="-1"><div class="_39m _1ef2" data-reaction="4" style="display: inline-block; font-family: inherit; left: 5px; position: relative; top: 4px;">
<div class="_39n" style="font-family: inherit; transform: scale(1) translate(0px, 0px); transition: transform 200ms ease;">
<div class="_1ef0" style="display: inline-block; font-family: inherit;">
<canvas height="39" style="height: 39px; width: 39px;" width="39"></canvas></div>
<div class="_d6l" style="font-family: inherit; left: 19.4965px; position: absolute; text-align: center; top: -28px; transform: translate(-50%, 4px) scale(0.8125);">
<div class="_4sm1" style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.75); border-radius: 10px; box-sizing: border-box; color: white; display: inline-block; font-family: inherit; font-size: 12px; font-weight: bold; line-height: 20px; max-width: 100%; opacity: 0; overflow: hidden; padding: 0px 8px; text-overflow: ellipsis; transition: opacity 50ms ease; user-select: none;">
Haha</div>
</div>
</div>
</div>
</span><span aria-label="Uau" aria-pressed="false" class="_iuw" data-testid="reaction_3" href="#" role="button" style="animation-iteration-count: 1; animation-timing-function: linear; backface-visibility: hidden; cursor: pointer; display: inline-block; font-family: inherit; height: 48px; margin: 0px; outline: none; position: relative; transform-origin: 50% 100% 0px; transform: scale(1, 1) translateY(0.0001px); vertical-align: bottom; width: 48px; z-index: 2;" tabindex="-1"><div class="_39m _1ef2" data-reaction="3" style="display: inline-block; font-family: inherit; left: 5px; position: relative; top: 4px;">
<div class="_39n" style="font-family: inherit; transform: scale(1) translate(0px, 0px); transition: transform 200ms ease;">
<div class="_1ef0" style="display: inline-block; font-family: inherit;">
<canvas height="39" style="height: 39px; width: 39px;" width="39"></canvas></div>
<div class="_d6l" style="font-family: inherit; left: 19.4965px; position: absolute; text-align: center; top: -28px; transform: translate(-50%, 4px) scale(0.8125);">
<div class="_4sm1" style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.75); border-radius: 10px; box-sizing: border-box; color: white; display: inline-block; font-family: inherit; font-size: 12px; font-weight: bold; line-height: 20px; max-width: 100%; opacity: 0; overflow: hidden; padding: 0px 8px; text-overflow: ellipsis; transition: opacity 50ms ease; user-select: none;">
Uau</div>
</div>
</div>
</div>
</span><span aria-label="Triste" aria-pressed="false" class="_iuw" data-testid="reaction_7" href="#" role="button" style="animation-iteration-count: 1; animation-timing-function: linear; backface-visibility: hidden; cursor: pointer; display: inline-block; font-family: inherit; height: 48px; margin: 0px; outline: none; position: relative; transform-origin: 50% 100% 0px; transform: scale(1, 1) translateY(0.0001px); vertical-align: bottom; width: 48px; z-index: 2;" tabindex="-1"><div class="_39m _1ef2" data-reaction="7" style="display: inline-block; font-family: inherit; left: 5px; position: relative; top: 4px;">
<div class="_39n" style="font-family: inherit; transform: scale(1) translate(0px, 0px); transition: transform 200ms ease;">
<div class="_1ef0" style="display: inline-block; font-family: inherit;">
<canvas height="39" style="height: 39px; width: 39px;" width="39"></canvas></div>
<div class="_d6l" style="font-family: inherit; left: 19.4965px; position: absolute; text-align: center; top: -28px; transform: translate(-50%, 4px) scale(0.8125);">
<div class="_4sm1" style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.75); border-radius: 10px; box-sizing: border-box; color: white; display: inline-block; font-family: inherit; font-size: 12px; font-weight: bold; line-height: 20px; max-width: 100%; opacity: 0; overflow: hidden; padding: 0px 8px; text-overflow: ellipsis; transition: opacity 50ms ease; user-select: none;">
Triste</div>
</div>
</div>
</div>
</span><span aria-label="Grr" aria-pressed="false" class="_iuw" data-testid="reaction_8" href="#" role="button" style="animation-iteration-count: 1; animation-timing-function: linear; backface-visibility: hidden; cursor: pointer; display: inline-block; font-family: inherit; height: 48px; margin: 0px; outline: none; position: relative; transform-origin: 50% 100% 0px; transform: scale(1, 1) translateY(0.0001px); vertical-align: bottom; width: 48px; z-index: 2;" tabindex="-1"><div class="_39m _1ef2" data-reaction="8" style="display: inline-block; font-family: inherit; left: 5px; position: relative; top: 4px;">
<div class="_39n" style="font-family: inherit; transform: scale(1) translate(0px, 0px); transition: transform 200ms ease;">
<div class="_1ef0" style="display: inline-block; font-family: inherit;">
<canvas height="39" style="height: 39px; width: 39px;" width="39"></canvas></div>
<div class="_d6l" style="font-family: inherit; left: 19.4965px; position: absolute; text-align: center; top: -28px; transform: translate(-50%, 4px) scale(0.8125);">
<div class="_4sm1" style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.75); border-radius: 10px; box-sizing: border-box; color: white; display: inline-block; font-family: inherit; font-size: 12px; font-weight: bold; line-height: 20px; max-width: 100%; opacity: 0; overflow: hidden; padding: 0px 8px; text-overflow: ellipsis; transition: opacity 50ms ease; user-select: none;">
Grr</div>
</div>
</div>
</div>
</span></span></div>
<div class="_41nt" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border-radius: 40px; border: 0px; bottom: 5px; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.08) 0px 0px 0px 1px, rgba(0, 0, 0, 0.15) 0px 2px 2px; content: ""; font-family: inherit; height: 52px; left: 10px; position: absolute; right: 10px; transition: height 200ms ease;">
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<span class="_1mto" style="display: flex; font-family: inherit; height: 32px;"></span><span class="_1mto" style="display: flex; font-family: inherit; height: 32px;"><span class="_6a _15-7 _3h-u _4k43" style="display: flex; font-family: inherit; height: 32px; margin: 0px; padding: 0px; white-space: nowrap; width: 160.677px;"><a class="comment_link _5yxe" data-ft="{ "tn": "S", "type": 24 }" href="https://www.facebook.com/cristiano.novaesderezende#" role="button" style="align-items: center; color: #616770; cursor: pointer; display: flex; font-family: inherit; font-size: 13px; font-weight: 600; height: 32px; justify-content: center; line-height: 14px; margin: 0px; padding: 0px 2px; position: relative; text-decoration-line: none; transition: filter 400ms cubic-bezier(0.08, 0.52, 0.52, 1), transform 400ms cubic-bezier(0.08, 0.52, 0.52, 1); vertical-align: inherit; width: 156.684px;" title="Deixar um comentário">Comentar</a></span></span><span class="_1mto" style="display: flex; font-family: inherit; height: 32px;"></span><br /><div class="uiPopover _6a" endpoint="/share/share_now_menu/?actor_id=100005961822305&app_id=2392950137&dialog_uri=%2Fajax%2Fsharer%2F%3Fparent_fbid%3D10216425291967933%26s%3D11%26appid%3D2392950137%26id%3D1927064243995134%26p%255B0%255D%3D1927064243995134%26share_source_type%3Dunknown%26feedback_source%3D21&share_rel=dialog&shareable_id=1927064243995134&share_type=11&feedback_source=21&sharer_id=1325203916&collection_id=121&shared_from_post_id=10216425291967933" endpointdata="[object Object]" layerbehaviors="function a(a){"use strict";this._layer=a},function a(){"use strict";h.apply(this,arguments)},function a(a){"use strict";this._layer=a}" loadingmenu="[object Object]" style="align-items: center; display: flex; font-family: inherit; height: 32px; justify-content: center; margin: 0px; padding: 0px; white-space: nowrap; width: 160.677px;">
<span class="_1mto" style="display: flex; font-family: inherit; height: 32px;"><span aria-controls="u_4c_0" class="_27de _4noj _p" id="js_2cw" role="button" style="display: flex; font-family: inherit; height: 32px; margin: 0px; padding: 0px; width: 160.677px;" tabindex="-1"><a class="_p share_action_link _5f9b" data-ft="{ "tn": "J", "type": 25 }" data-testid="ufi_share_link_loaded" href="https://www.facebook.com/cristiano.novaesderezende#" role="button" style="align-items: center; color: #616770; cursor: pointer; display: flex; font-family: inherit; font-size: 13px; font-weight: 600; height: 32px; justify-content: center; line-height: 14px; margin: 0px; padding: 0px 2px; position: relative; text-decoration-line: none; transition: filter 400ms cubic-bezier(0.08, 0.52, 0.52, 1), transform 400ms cubic-bezier(0.08, 0.52, 0.52, 1); width: 156.684px;" tabindex="0" title="Enviar para amigos ou publicar na sua linha do tempo.">Compartilhar</a></span></span></div>
<span class="_1mto" style="display: flex; font-family: inherit; height: 32px;"></span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<div class="uiUfi UFIContainer _3-a6 _4eno _1blz _5pc9 _5vsj _5v9k" id="u_fetchstream_3_23" style="background-color: #f2f3f5; border-radius: 0px 0px 3px 3px; font-family: inherit; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px; width: auto;">
<div class="UFIList" style="font-family: inherit;">
<div class="UFIRow UFIUnseenItem UFILikeSentence _4204 _4_dr" style="border-left: 0px; border-top: 1px solid rgb(225, 226, 227); font-family: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 9px 12px; position: relative; word-wrap: break-word;">
<div class="clearfix" direction="right" style="font-family: inherit; zoom: 1;">
<div class="_ohf rfloat" style="float: right; font-family: inherit;">
</div>
<div class="" style="font-family: inherit;">
<div class="_1vaq" style="font-family: inherit;">
<div class="_ipp" style="font-family: inherit;">
<div class="_3t53 _4ar- _ipn" style="color: #777d88; font-family: inherit; white-space: nowrap;">
<span aria-label="Veja quem reagiu a isso" class="_3t54" role="toolbar" style="float: left; font-family: inherit; margin-right: 2px;" tabindex="0"><a ajaxify="/ufi/reaction/profile/dialog/?ft_ent_identifier=10216425291967933&reaction_type=1&av=100005961822305" aria-label="Curtir: 11" class="_3emk _401_" href="https://www.facebook.com/ufi/reaction/profile/browser/?ft_ent_identifier=10216425291967933&av=100005961822305" rel="dialog" role="button" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border-radius: 10px; color: #365899; cursor: pointer; display: inline-block; font-family: inherit; font-size: 11px; line-height: 16px; margin: 0px 0px 0px -2px; outline: none; padding: 2px; position: relative; text-decoration-line: none; vertical-align: bottom; z-index: 3;" tabindex="-1"><span class="_9zc _2p7a _4-op _3uet _4e-m" style="display: inline-block; font-family: inherit; height: 16px; position: relative; vertical-align: top; width: 16px;"><i class="_3j7l _2p78 _9-- _hly" style="background-image: url("/rsrc.php/v3/yT/r/yC2suuoYnao.png"); background-position: -17px -482px; background-repeat: no-repeat; background-size: auto; display: block; height: 16px; left: 7.98611px; margin-left: -7.98611px; margin-top: -7.98611px; position: absolute; top: 7.98611px; transform: none; width: 16px;"></i></span></a><a ajaxify="/ufi/reaction/profile/dialog/?ft_ent_identifier=10216425291967933&reaction_type=2&av=100005961822305" aria-label="Amei: 4" class="_3emk _401_" href="https://www.facebook.com/ufi/reaction/profile/browser/?ft_ent_identifier=10216425291967933&av=100005961822305" rel="dialog" role="button" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border-radius: 10px; color: #365899; cursor: pointer; display: inline-block; font-family: inherit; font-size: 11px; line-height: 16px; margin: 0px 0px 0px -4px; outline: none; padding: 2px; position: relative; text-decoration-line: none; vertical-align: bottom; z-index: 2;" tabindex="-1"><span class="_9zc _2p7a _4-op _3uet _4e-m" style="display: inline-block; font-family: inherit; height: 16px; position: relative; vertical-align: top; width: 16px;"><i class="_3j7m _2p78 _9-- _hly" style="background-image: url("/rsrc.php/v3/yT/r/yC2suuoYnao.png"); background-position: 0px -465px; background-repeat: no-repeat; background-size: auto; display: block; height: 16px; left: 7.98611px; margin-left: -7.98611px; margin-top: -7.98611px; position: absolute; top: 7.98611px; transform: none; width: 16px;"></i></span></a><a ajaxify="/ufi/reaction/profile/dialog/?ft_ent_identifier=10216425291967933&reaction_type=3&av=100005961822305" aria-label="Uau: 1" class="_3emk _401_" href="https://www.facebook.com/ufi/reaction/profile/browser/?ft_ent_identifier=10216425291967933&av=100005961822305" rel="dialog" role="button" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border-radius: 10px; color: #365899; cursor: pointer; display: inline-block; font-family: inherit; font-size: 11px; line-height: 16px; margin: 0px 0px 0px -4px; outline: none; padding: 2px; position: relative; text-decoration-line: none; vertical-align: bottom; z-index: 1;" tabindex="-1"><span class="_9zc _2p7a _4-op _3uet _4e-m" style="display: inline-block; font-family: inherit; height: 16px; position: relative; vertical-align: top; width: 16px;"><i class="_3j7n _2p78 _9-- _hly" style="background-image: url("/rsrc.php/v3/yT/r/yC2suuoYnao.png"); background-position: -17px -499px; background-repeat: no-repeat; background-size: auto; display: block; height: 16px; left: 7.98611px; margin-left: -7.98611px; margin-top: -7.98611px; position: absolute; top: 7.98611px; transform: none; width: 16px;"></i></span></a></span><a class="_2x4v" href="https://www.facebook.com/ufi/reaction/profile/browser/?ft_ent_identifier=10216425291967933&av=100005961822305" rel="ignore" role="button" style="color: #365899; cursor: pointer; display: block; font-family: inherit; max-height: 20px; overflow: hidden; text-decoration-line: none;"><span aria-hidden="true" class="_1g5v" style="float: left; font-family: inherit; overflow: hidden; text-overflow: ellipsis; width: 100px;"><span data-hover="tooltip" data-tooltip-uri="/ufi/reaction/tooltip/?ft_ent_identifier=10216425291967933&av=100005961822305" style="font-family: inherit;">16</span></span><span class="_4arz" style="float: left; font-family: inherit; margin-left: -100px; min-width: 100px;"><span data-hover="tooltip" id="js_59k" style="font-family: inherit;">Você, Heitor Vilela e outras 14 pessoas</span></span></a></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<div class="UFIRow UFIShareRow" style="border-top: 1px solid rgb(225, 226, 227); font-family: inherit; margin: 0px 12px; padding: 9px 0px 7px; position: relative; word-wrap: break-word;">
<a ajaxify="/ajax/shares/view?target_fbid=10216425291967933" class="UFIShareLink" data-hover="tooltip" data-tooltip-uri="/ufi/share/tooltip/?ft_ent_identifier=10216425291967933&av=100005961822305" href="https://www.facebook.com/shares/view?id=10216425291967933" rel="dialog" style="color: #365899; cursor: pointer; font-family: inherit; text-decoration-line: none;">2 compartilhamentos</a></div>
<h6 class="accessible_elem" style="clip: rect(1px, 1px, 1px, 1px); font-family: inherit; font-size: 12px; height: 1px; margin: 0px; overflow: hidden; padding: 0px; position: absolute; white-space: nowrap; width: 1px;">
Comentários</h6>
<div class="_3b-9 _j6a" style="font-family: inherit; position: relative;">
<div style="font-family: inherit;">
<div aria-label="Comentário" class="UFIRow _48ph _48pi UFIComment _4oep UFIUnseenItem" data-ft="{"tn":"R"}" id="comment_js_4xh" role="article" style="border-left: 0px; border-top: 1px solid rgb(225, 226, 227); font-family: inherit; margin: 0px 12px; padding: 8px 0px 4px; position: relative; word-wrap: break-word;">
<div class="_3b-9" style="font-family: inherit; position: relative;">
<div style="font-family: inherit;">
<div class="clearfix" direction="left" style="font-family: inherit; zoom: 1;">
<div class="_ohe lfloat" style="float: left; font-family: inherit;">
<a aria-hidden="true" class="UFICommentAuthorWithPresence img _8o _8s UFIImageBlockImage" data-ft="{"tn":"T"}" data-hovercard="/ajax/hovercard/hovercard.php?id=100012903252060&extragetparams=%7B%22on_public_ufi%22%3Afalse%2C%22hc_location%22%3A%22ufi%22%7D" href="https://www.facebook.com/profile.php?id=100012903252060" style="border-radius: 50%; color: #365899; cursor: pointer; display: block; font-family: inherit; margin: 0px; overflow: inherit; position: relative; text-decoration-line: none;" tabindex="-1" target="_self"><img alt="Giselle Martins" class="img UFIActorImage _54ru img" src="https://scontent.fgyn3-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-1/p32x32/31408239_446327359140702_8398777065217720320_n.jpg?_nc_cat=0&oh=1e3b9440b497c56c290140c08b309e41&oe=5B54D489" style="border-radius: 50%; border: 0px; display: block; height: 32px; overflow: hidden; position: relative; width: 32px;" /></a></div>
<div class="" style="font-family: inherit;">
<div class="UFIImageBlockContent _42ef" style="font-family: inherit; margin: 0px; overflow: hidden; padding-left: 6px;">
<div class="UFICommentContentBlock" style="font-family: inherit; padding-right: 0px; position: relative;">
<div class="UFICommentContent" style="font-family: inherit;">
<div class="_26f8" style="align-items: center; display: flex; font-family: inherit; justify-content: flex-start;">
<div class="_10la" style="align-items: flex-end; display: flex; font-family: inherit; min-width: 0px; word-wrap: break-word;">
<span class=" UFICommentActorAndBody" style="background-color: white; border-radius: 18px; display: block; font-family: inherit; font-size: 13px; line-height: 16px; padding: 8px 10px;"><span class="" style="font-family: inherit;"><a class=" UFICommentActorName" data-ft="{"tn":";"}" data-hovercard="/ajax/hovercard/hovercard.php?id=100012903252060&extragetparams=%7B%22is_public%22%3Afalse%2C%22hc_location%22%3A%22ufi%22%7D" dir="ltr" href="https://www.facebook.com/profile.php?id=100012903252060" style="color: #365899; cursor: pointer; font-family: inherit; font-weight: 600; text-decoration-line: none;" target="_self">Giselle Martins</a></span> <span style="font-family: inherit;">Sensacional!</span></span></div>
<span class="_36rj" style="font-family: inherit;"><a aria-label="Ocultar isso" class="UFICommentCloseButton _1-be _xw0 _xw9 _5upp _42ft" data-hover="tooltip" data-testid="ufi_comment_close_button" data-tooltip-alignh="center" data-tooltip-content="Ocultar isso" href="https://www.facebook.com/cristiano.novaesderezende#" menudata="[object Object]" menutype="DOTS" style="background-color: transparent; background-image: url("/rsrc.php/v3/yY/r/hcIfHWLPkRB.png"); background-position: -93px -292px; background-repeat: no-repeat; background-size: auto; border: 0px none; color: #365899; cursor: pointer; display: block; font-family: inherit; font-size: 0px !important; height: 12px; margin-left: 12px; opacity: 0; overflow: hidden; padding: 0px; position: static; right: 0px; text-decoration-line: none; top: 0px; vertical-align: middle; white-space: nowrap; width: 12px; z-index: 1;" tooltip="Ocultar isso">Gerenciar</a></span></div>
<span style="font-family: inherit;"></span><br /><div style="font-family: inherit;">
</div>
</div>
<div class="fsm fwn fcg UFICommentActions" style="clear: both; color: #90949c; font-family: inherit; line-height: 12px; margin-bottom: 3px; margin-left: 10px; min-height: 15px; padding-top: 3px;">
<span class="_6a _3-me" style="display: inline-block; font-family: inherit;"></span><br /><div class="_khz _4sz1 _4rw5 _3wv2" style="display: inline-block; font-family: inherit; position: relative; width: auto;">
<span class="_6a _3-me" style="display: inline-block; font-family: inherit;"><a aria-pressed="false" class="UFILikeLink UFIReactionLink" data-testid="ufi_comment_like_link" href="https://www.facebook.com/cristiano.novaesderezende#" role="button" style="color: #365899; cursor: pointer; font-family: inherit; outline: none; text-decoration-line: none; word-wrap: normal;" tabindex="0">Curtir</a></span></div>
<span class="_6a _3-me" style="display: inline-block; font-family: inherit;"></span><span aria-hidden="true" role="presentation" style="font-family: inherit;"> · </span><a class="UFIReplyLink _460i" href="https://www.facebook.com/cristiano.novaesderezende#" role="button" style="color: #365899; cursor: pointer; font-family: inherit; text-decoration-line: none;">Responder</a><span aria-hidden="true" role="presentation" style="font-family: inherit;"> · </span><span style="font-family: inherit;"><a class="uiLinkSubtle" data-ft="{"tn":"N"}" data-testid="ufi_comment_timestamp" href="https://www.facebook.com/cristiano.novaesderezende/posts/10216425291967933?comment_id=10216427059092110&comment_tracking=%7B%22tn%22%3A%22R%22%7D" style="color: #90949c; cursor: pointer; font-family: inherit; text-decoration-line: none;"><abbr class="UFISutroCommentTimestamp livetimestamp" data-minimize="true" data-shorten="true" data-utime="1525182859" style="border-bottom: none; color: #616770;">1 min</abbr></a></span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<div aria-label="Comentário" class="UFIRow UFILastComment UFIComment _4oep UFIUnseenItem" data-ft="{"tn":"R"}" id="comment_js_4xm" role="article" style="border-left: 0px; font-family: inherit; margin: 0px 12px; padding: 4px 0px; position: relative; word-wrap: break-word;">
<div class="_3b-9" style="font-family: inherit; position: relative;">
<div style="font-family: inherit;">
<div class="clearfix" direction="left" style="font-family: inherit; zoom: 1;">
<div class="_ohe lfloat" style="float: left; font-family: inherit;">
<a aria-hidden="true" class="UFICommentAuthorWithPresence img _8o _8s UFIImageBlockImage" data-ft="{"tn":"T"}" data-hovercard="/ajax/hovercard/hovercard.php?id=100005961822305&extragetparams=%7B%22on_public_ufi%22%3Afalse%2C%22hc_location%22%3A%22ufi%22%7D" href="https://www.facebook.com/mensario.netuno?fref=ufi" style="border-radius: 50%; color: #365899; cursor: pointer; display: block; font-family: inherit; margin: 0px; overflow: inherit; position: relative; text-decoration-line: none;" tabindex="-1" target="_self"><img alt="José Carlos Lima" class="img UFIActorImage _54ru img" src="https://scontent.fgyn3-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-1/p32x32/30226815_842419895966730_3904549223990820864_n.jpg?_nc_cat=0&oh=894150d485b79a6c8c9b21ba71fb84cd&oe=5B5B696C" style="border-radius: 50%; border: 0px; display: block; height: 32px; overflow: hidden; position: relative; width: 32px;" /></a></div>
<div class="" style="font-family: inherit;">
<div class="UFIImageBlockContent _42ef" style="font-family: inherit; margin: 0px; overflow: hidden; padding-left: 6px;">
<div class="UFICommentContentBlock" style="font-family: inherit; padding-right: 0px; position: relative;">
<div class="UFICommentContent" style="font-family: inherit;">
<div class="_26f8" style="align-items: center; display: flex; font-family: inherit; justify-content: flex-start;">
<div class="_10la _10lg" style="align-items: flex-end; display: inline-block; font-family: inherit; min-width: 0px; position: relative; word-wrap: break-word;">
<span class=" UFICommentActorAndBody" style="background-color: white; border-radius: 18px; display: block; font-family: inherit; font-size: 13px; line-height: 16px; padding: 8px 10px;"><span class="" style="font-family: inherit;"><a class=" UFICommentActorName" data-ft="{"tn":";"}" data-hovercard="/ajax/hovercard/hovercard.php?id=100005961822305&extragetparams=%7B%22is_public%22%3Afalse%2C%22hc_location%22%3A%22ufi%22%7D" dir="ltr" href="https://www.facebook.com/mensario.netuno?fref=ufi" style="color: #365899; cursor: pointer; font-family: inherit; font-weight: 600; text-decoration-line: none;" target="_self">José Carlos Lima</a></span> <span style="font-family: inherit;">....a vida venncerá...o Conatus é mais forte que a morte...</span></span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</form>
</div>
José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5904624921398809296.post-58799475928628623612011-04-05T08:09:00.000-07:002018-05-01T10:55:12.032-07:00Fátima Oliveira: Práticas zooterapêuticas, fonte de saúde e felicidade<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTQpPC1DS95_tzPjbr9YAcnae_MKvqRXrydvoITF-vVq54brF86o0f2Ar1V0n3wF_rRNT3NFLPpr_gw0p49WQUpn9wjmzUALDRZa2xXYmhw_pD-A7h4j8gJY4HIjajXajbNjVb_utO-NW8/s1600/dog_kids_02.3wdikcdotds0ggc0k0sk448os.cw1uletj81cs0w8ogs8k0o4kg.th.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTQpPC1DS95_tzPjbr9YAcnae_MKvqRXrydvoITF-vVq54brF86o0f2Ar1V0n3wF_rRNT3NFLPpr_gw0p49WQUpn9wjmzUALDRZa2xXYmhw_pD-A7h4j8gJY4HIjajXajbNjVb_utO-NW8/s320/dog_kids_02.3wdikcdotds0ggc0k0sk448os.cw1uletj81cs0w8ogs8k0o4kg.th.jpeg" width="251" /></a></div>
<h2>
<span class="tilt_5" style="font-size: small;"> </span></h2>
<h2>
<span class="tilt_5" style="font-size: small;">Por Fátima Oliveira, em O Tempo, via Viomundo</span></h2>
<span style="color: black;">As práticas zooterapêuticas são fonte de saúde e felicidade</span><br />
<span style="color: black;"><br />
</span><span style="color: #3333ff;"><span style="color: black;">Sabedoria popular já tinha percebido os efeitos positivos</span></span><i><span style="color: #3333ff;"></span></i><br />
<i><span style="color: #3333ff;"><br />
</span></i><br />
<div>
</div>
<br />
Os preconceitos contra a zooterapia estão sendo superados. A terapia assistida por animais e a mediação por animais são assistências terapêuticas. Nada a ver com a Rede Cegonha, tema de conversa próxima. Era ignorância crer que da relação afetiva de seres humanos e animais não decorreriam benefícios à saúde humana.<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
Hipócrates (460-377 a. C.), no século III a. C., louvava os benefícios da cavalgada para tratar doenças neurológicas. Está cientificamente comprovado o uso do cavalo, em todos os esportes equestres, como agente terapêutico coadjuvante em neurologia e psiquiatria. No Brasil, a pioneira da zooterapia, com gatos e cães, foi a psiquiatra Nise da Silveira (1905-1999).<br />
<br />
A zooterapia ou Terapia Assistida por Animais (TAA) data de 1792, na Society of Friends, Inglaterra, onde o dr. William Tuke, pioneiro no tratamento de doentes mentais sem coerção, dizia que os animais propiciavam autocontrole. No século XVIII, o Retiro de York, na Inglaterra, criava animais em seus pátios por constatar que os doentes ficavam mais calmos após contato com eles. Fato comprovado pelo norte-americano Boris M. Levinson, cujos estudos “registram para a ciência e a prática a riqueza do potencial terapêutico da relação entre pessoas e animais” (1960).<br />
<br />
O Instituto Technion, em Israel, realizou estudo com esquizofrênicos, tendo cães como coterapeutas – por dez semanas, um grupo participou de consultas com a presença de cães e outro só com o terapeuta. Quem esteve com os cães reagiu melhor aos estímulos nas sessões (2005). Todos os animais domesticados, como cães (presentes em 80% das práticas zooterapêuticas), gatos, coelhos, porcos, aves, cavalos, burros, jumentos, carneiros, cabritos e bezerros, podem ser usados para fins fisioterápicos e psicoterápicos.<br />
<br />
Em São Paulo, há o projeto Dr. Escargot (Fátima Martins) e, em Manaus, o Pró-Répteis, com cobras, lagartos e aranhas (Del Nero) e com botos (Igor Simões). É indiscutível o poder calmante dos aquários. “Observar e cuidar de peixes religou-me à vida”, disse um bipolar. A zooterapia já é disciplina em várias faculdades de medicina e de veterinária do Brasil e usada em hospitais, escolas, creches, asilos e em presídios, com resultados promissores.<br />
<br />
Destaca-se o sucesso impressionante da zooterapia na ressocialização de presidiários; no tratamento de drogadização; e em casos de expressividade antissocial, – como Transtorno de Personalidade Antissocial (TPS) ou Distúrbio da Personalidade Antissocial (DPA); Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou Distúrbio do Déficit de Atenção (DDA); e Transtorno de Espectro Bipolar, a antiga Psicose Maníaco-Depressiva (PMD).<br />
<br />
A constatação é alvissareira: transtornos químicos que alteram o funcionamento do cérebro são positivamente influenciados pela zooterapia, tanto a TAA quanto a mediação por animais – incluindo a técnica de “portage” (do francês: être portée – deixar-se levar) da asinomediação, terapia equestre com jumento (ou burro), cujo foco não é a montaria, mas os cuidados com o animal, banho e alimentação, e levá-lo para passear, vincando uma nova forma de linguagem e comunicação, pois as emoções e sensações de relaxamento do contato com o animal geram bem-estar psicológico e social.<br />
<br />
“Portage” lembra-me Lequer, maluco oficial de minha cidade natal que amava cuidar e puxar jumentos pelo cabresto, rua acima, rua abaixo! O que dá razão à sabedoria popular que ter um animal de estimação é fonte de bem-estar e de felicidade.<br />
<br />
<a href="http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/fatima-oliveira-praticas-zooterapeuticas-sao-fonte-de-saude-e-felicidade.html">http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/fatima-oliveira-praticas-zooterapeuticas-sao-fonte-de-saude-e-felicidade.html</a><br />
<br />
<div>
por <b>Fátima Oliveira,</b> em <b><a href="http://www.otempo.com.br/otempo/colunas/?IdColunaEdicao=14776">OTEMPO</a></b><br />
Médica – <a href="mailto:fatimaoliveira@ig.com.br" target="_blank">fatimaoliveira@ig.com.br</a></div>
José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.com0